quinta-feira, 24 de novembro de 2005

O conto do amor verdadeiro

 



     Era uma vez, em uma cidade bem grande, duas simples vidas que por um lindo motivo se destacavam das milhões demais que dividiam a cidade. Eramo dois jovens que tinham suas felicidades e suas tristezas particulares de suas vidas mas que possuiam o mesmo desejo: um dia encontrar seu grande amor verdadeiro.

     Seus dias naquela cidade pareciam vazios e partidos. Por mais felizes que seus dias fossem, ao olhar para o lado seus corações sentiam que faltava algo. Mal sabiam eles que eu tinha um plano traçado para que eles realizassem seu maior desejo!

     Por muito tempo assisti à vida de cada um deles de forma especial. Suas vidas realmente se destacavam das outras. Era divertido vê-los passar seus dias sem saber de nada, tendo que sofrer sem saber que iriam ser muito felizes.

     Era uma jovem moça e um rapaz perturbado. Acho que devo começar a contar a vida da moça e como o desejo de ambos era o amor irei enfatizar a vida amorosa deles.

     Era uma vez uma garota que era apaixonada por um jovem. Isso é algo comum, sim. Mas o interessante é que ela era muito apaixonada. Era tão apaixonada que não se imaginava com outra pessoa. Ela o amava com todas as forças mas não conhecia os sentimentos do seu amado. Ela o queria tanto que achei injusto deixá-la somente no desejo e lhe dei a opção do livre-arbítreo para escolher  o seu destino. Ela é claro, seguiu o coração e com o tempo conseguiu o amor do seu amado.

     Mas a minha vontade sempre prevalece! Também dei ao jovem a opção de livre-arbítreo e ele, ao contrário da jovem, seguiu sua mente e logo no início do namoro fez uma longa viagem. Infelizmente minha jovem sofreu muito com sua partida mas era preciso para que meu plano desse certo.

     Com a partida do seu amado fiz seu amor por ele ir vagarosamente diminuindo. O tempo passou e aproveitei para colocar outras pessoas junto a ela. Houve atração dela para com outros rapazes e até pequenos relacionamentos, porém nenhum deles oferecia-lhe aquilo que procurava.

     Quando achei conveniente fiz aquele jovem uma vez amado por ela voltar. E novamente os sentimentos de minha jovem foram incontroláveis, e seu coração bateu mais forte, porém não tanto quanto antes. Eles namoraram mais uma vez mas já sem todo o intusiasmo de antes. Logo eles já tinham separado seus caminhos e estavam novamente sozinhos. Ele seguiu seu destino e ela ficou em minhas mãos, pronta para realizar sua maior conquista.

     Já está na hora de falar do rapaz. Ahhhhh, esse me deu trabalho! Não foi fácil colocá-lo no caminho certo. Ele era um garoto muito simples e decidido, e muito bom até completar seus 17 anos. Então as coisas se complicaram.

     Todos merecem o livre-arbítreo e ele não era excessão. Por isso lhe dei uma chance para seguir um outro caminho. Um dia coloquei uma garota bem provocante em seu caminho. Fiz com que brotasse nela a semente do amor, mas não a deixei que revelasse isso. Ele teria que escolher.

     Foi aí que começaram os problemas. O garoto se transformou de decidido a indeciso em questão de dias! Surgiu em si uma timidez extremamente grande e ele permaneceu exatamente no meio do caminho! Não seguiu nem sua mente nem seu coração e o tempo de sua escolha acabou por passar.

     A garota foi embora e ele começou a entrar em um estado deplorável. Não comia, não ria mais... já não tinha vida correndo em seu sangue. Ficou completamente só, remoendo seu remorso e arrependimento. Eu já estava quase perdendo-o  quando tive uma idéia brilhante. Resolvi dar-lhe um talento para que ele pudesse descarregar sua dor e sua tristeza. O fiz descobrir que era um bom escritor.

     Nesse estado ele passou quase um ano. No seu aniversário de 18 anos, aquela garota na qual eu havia plantado a semente do amor reapareceu de forma sutíl. Mas foi então que percebi um detalhe que quase me custou o garoto: eu havia esquecido de retirar a semente e ela agora estava enraizada e já começava a brotar uma pequena muda. Não podia retirar a muda do coração da jovem porque isso a mataria. A muda precisava morrer sozinha e somente a pessoa para a qual a semente foi plantada pode matá-la. Apesar disso me mantive tranquilo e concentrado no garoto, já que ela estava muito longe para representar perigo.

     Achei que era hora de colocar outras moças no caminho do rapaz para que isso o ajudasse a esquecer a garota da semente, mas não foi preciso. Ele chegou em um ponto onde nenhuma garota o faria feliz. Foi então que comecei a me preocupar. Procurei no passado algum fato que possa ter sido errado ou esquecido mas como sempre eu nunca erro. Estava tudo perfeito.

     A hora havia chegado. Precisava fazer o caminho desses dois jovens se cruzarem. A jovem estava se sentindo só e precisava de compania, e o garoto já havia amadurecido bem e tinha muitos sentimentos bons para compartilhar.

     Então aconteceu. Eles se viram. Naquele momento tive que escolher em qual dos dois eu trabalharia para que isso desse certo. Pensei bastante e escolhi o rapaz porque ele estava com a alma leve e em busca de algo para preencher seu coração vazio e a jovem estava receptiva a uma aproximação mais carinhosa, e não para se aproximar de alguém por si mesma.

     Quando eles se olharam suas sementes brilharam. A jovem viu nele uma beleza que lhe era desconhecida e o jovem soube naquele momento que ela seria a única que poderia preencher o seu vazio.

     Dei-lhes alguns dias para ver a reação de suas almas. Ocorreu tudo bem. Depois os aproximei para que eles se conhecessem. Coloquei um anjo ao lado da jovem para guiá-la e permaneci no garoto para lhes dar os pequenos toques. Eles foram se apaixonando lentamente. A jovem começou a sentir os sintomas primeiro. Sentia ciúmes do garoto mas não compreendia. Já o garoto podia perceber com mais facilidade seu sentimento pois afinal de contas eu estava nele.

     Fiz sua timidez diminuir ao máximo para que ele pudesse dar o passo principal: começar o romance. Com muita dificuldade (e até com um certo tom irônico, que o fiz corrigir logo em seguida) ele a pediu em namoro. Inicialmente ela não acreditou, por seu coração estar muito desesperançoso, mas com o ímpeto do jovem ele a fez pensar (livre-arbítreo, lembram?).

     Meu anjo auxiliou a jovem na melhor escolha e acertou em cheio! No dia seguinte teve inicio o mais belo romance que aquela cidade já viu. E eu vi que isso era bom, e abençoei os dois.

     Com o passar do tempo deixei de interferir no destino deles e apenas assisti seu romance. Percebi mais uma vez o quanto sou perfeito. Os jovens são como duas peças de quebra-cabeças que se encaixam de forma simples e perfeita uma na outra. Esse encaixe é inquebrável e nada pode separá-los. Eu não permitirei!

     Hoje eles enfrentam problemas em suas vidas, problemas entre eles mesmos e lutas do dia-dia. Tem que ser assim. Eles precisam lutar, para vencer. E eles vão vencer.

     Não digo isso por saber de todas as coisas. Digo isso por saber que eles finalmente encontraram aquilo que sempre quiseram. Aquilo que os fará vencer cada obstáculo que se atrever a cruzar seu caminho. Aquilo que faz deles os seres mais fortes e poderosos da Terra. Aquilo que faz deles duas vidas especiais em meio a seis bilhões de outras nesse planeta. Aquilo que os faz serem um só: o grande amor verdadeiro.

     E como nos contos de fadas, eles enfrentam monstros, sofrem desilusões, passam pelas maiores e piores dificuldades mas... têm um ao outro. E com o amor verdadeiro que os une, que faz com que seus problemas se tornem seus desafios. Com o amor verdadeiro que faz com que eles sejamo meu garoto especial e a minha jovem especial, eles serão e viverão felizes para todo sempre e sempre...

     E eu com meu poder digo: QUE ASSIM SEJA!!!

 

                                                  DEUS

 

 

                                           Victor Augusto

 

 

De luar a luar

 


Olhar o luar,

Quando ele parece não acabar,

Nos faz vibrar,

De fúria e raiva gritar,

Mas ao desejar,

Que os nossos corpos venham a se encontrar,

Voltamos a notar,

Que isso não vai acabar...

 

O Sol está a nascer,

Já não consigo mais esquecer,

Rejuvenescer,

Aprender a viver e a crescer,

A desaparecer,

Para tentar entender,

O porquê de não se fazer,

Aquilo que lhe dá prazer.

 

Começar a rir,

Tentando mais uma vez iludir,

É muito difícil engolir,

O vazio e doloroso partir,

E com todo o calor,

Causado por essa horrível dor,

Quase passa o amor,

Nesse incrível vontade incolor.

 

Dois a se amar,

Ou um a se amargurar,

Já não dá pra segurar,

A vontade de te abraçar,

O ímpeto de te agarrar,

E nos braços a se acalmar,

Te fazer gritar,

Para contigo  o prazer deliciar.

 

Ficar, estremecer,

Nos momentos a gemer,

Sentindo o espremer,

Corpos todos a fazer,

Nesse misto de dor e prazer,

Fazer cada vez mais o querer,

E pedir para não ceder,

Vontade de satisfazer.

 

Qual o mal em sentir,

E ver o despir,

Ouvir o pedir,

Irá entrar e sair,

No fim do pavor,

Tudo o que sobra é o amor,

Sumindo com o temor,

O luar começa a se recompor.

 

 

                                            Victor Augusto

 

 

 

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Verdadeiro companheiro

 


Flores.

Os tempos passam.

Uma tarde.

O tempo passa.

Um grande e belo jardim.

O tempo passa.

Expectativas, nervosísmo...

O tempo passa.

Cai a tarde, a noite...

O tempo passa.

Um lento andar de volta...

O tempo passa.

Em casa.

O tempo passa.

Deitado na cama. Decepção...

O tempo passa.

O travesseiro...

O tempo passa.

Lágrimas.

Os tempos param.

 

 

                                               Victor Augusto

domingo, 20 de novembro de 2005

Melodia do amor

 


Nesses dias de sons estranhos,
Uma canção de amor pode-se ouvir.
Não uma canção apaixonada,
Ou um som de dor.
Mas é a melodia do amor,
Que está sendo tocada.
A natureza aplaude,
A humanidade não entende.
Somente aquela pessoa,
Para quem essa música voa,
Realmente a compreende.
Canção que vem do coração,
Não foi feita para entristecer.
Como um dia ao amanhecer,
Esperanças vem trazer,
Ao amor vem bem dizer:
Eu estou em sua mão!

 

 

                                                 Victor Augusto

Veia apaixonada

 


Não se ausente do perigo,

Viva sempre a emoção.

Leve sempre contigo,

Dentro do seu coração,

Esse misto de amizade,

Dor, carinho e paixão.

 

Esteja sempre comigo,

Até o adormecer.

Serei sempre o amigo,

Que não vai te esquecer.

Abrirei a ti a mente,

E tentarei te entender.

 

Linda bela, primavera!

Veremos a luz apagada.

Seguindo sua perfeita vida,

E a minha sendo amaldiçoada...

Nessa história será sempre,

Minha veia apaixonada.

 

 

                                                 Victor Augusto

Evolução

 


Em uma época de loucos,

Onde todos vivem sós,

Vive um jovem prantoroso,

Que já não possui mais voz.

 

Jovem como a flor vivida,

Encantada em seu jardim.

Vive triste, com lamentos,

Por ter sido feito assim.

 

Quando ainda era semente,

Sua vida foi feliz.

Crescimento retardio,

Bem do jeito que ele quis.

 

Entre a muda e a planta,

Conheceu o sentimento.

Mas por não tê-lo regado,

Hoje entra em seu lamento.

 

Quase estava completa,

E vivia a espreitar.

Sem alegria da vida,

Começava a duvidar...

 

Foi tirado de seu solo,

E em outro foi plantado.

De sua vida feliz,

O passado foi retirado.

 

Aparentemente vivo,

Nem deu fruto e não sofreu.

Com lembranças na memória,

Deste frio passado ateu.

 

Profundou-se em outros solos,

A procura de alimento,

Pra sarar a dor terrível,

De um infeliz sofrimento.

 

Novamente o sentimento,

Em um caule ressurgiu.

Já na época dos espinhos,

Quase estava bem viríl.

 

Por tempo sufocou-o.

Em sua seiva resistiu.

Novamente ele percebeu,

Que estava em solo frio.

 

Enfim estava pronto!

Aparentemente são.

Para a vida ser completa,

Faltava-lhe a emoção...

 

A vida segue lenta,

Com a seiva a percorrer.

Algo bem interessante,

Tinha que acontecer!

 

E o jovem prantoroso,

Que se emudeceu de vez,

Não viu que o tempo voa...

Um segundo na verdade são três!

 

Esperará ancioso,

Até que a seiva se encerre.

Ou terá o sentimento,

Ou deixará que o tempo o carregue.

 

 

                                                  Victor Augusto

 

 

 

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Sobre a vida...

 


A vida é uma pétala de rosa:
Linda... frágil...
Feita para ser admirada.
Se um vento a perturba...
Ela balança mas não cai.
Mas se for arrancada...
Nunca volta à sua origem...
E outra logo se coloca em seu lugar.
No entanto essa outra,
Mesmo sendo linda,
É outra...
E mesmo se colocando no lugar,
Da que se perdeu,
Nunca a substituirá.
Porque ela era única...
Diferente de todas...
Era... Foi...
Sempre será!

 

 

                                                 Victor Augusto

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Enumerando


 



1000000000 de pessoas;


1000000 de vidas;


100000 problemas;


10000 soluções;


1000 horrores;


100 belezas;


10 tentativas;


1 esperança.


 


                                        Victor Augusto

Suspirando...


 

Ahhh, amar... Ter na vida uma razão... Para o sofrimento uma consolação... Sanando toda nossa ilusão... Conhecer de verdade o significado de "paixão".

 

Não caminhamos com os pés... Esse pensamento é muito descrente, andar com os pés! O que nos faz levantar e seguir é o coração. Talvez caminhemos sim com os pés... Mas com o coração... NÓS FLUTUAMOS!!!

 

 

                                                     Victor Augusto

domingo, 13 de novembro de 2005

Quem sou


 

Quem sou?

Seria eu a gota d'água,

Que cai sobre o azeite?

A qual jamais se mistura,

Permanecendo pela eternidade,

Se decompondo em meio,

A tanta oleosidade?

 

Quem sou?

Seria eu o tal falso-profeta,

Que vem pregar mentiras?

Poderia fazer felizes,

Os que gostam de atenção total,

Escondendo em seus profundos,

Todo o seu mal?

 

Quem sou?

Seria eu a falsa chuva,

Que cai após a tormenta?

Daria-lhes a falsa impressão,

Da cega e insana felicidade,

No entanto colocaria para fora,

Das pessoas toda a maldade?

 

Quem sou?

Seria eu o namorado pobre,

Que persegue incesante sua amada rica?

Ficaria com os cães,

Na calçada dos perdedores,

Internamente e totalmente corroído,

Por seus ciúmes e dores?

 


Quem sou...

Sou a vida frágil e imatura...

Que segue de forma singela.

Sempre, sempre inabalada,

Com uma rotina juvenil,

Implorando por um dia,

Caminhar ao seu fim hostíl.

 

Quem sou...

Sou eu o filho do vento...

Que nunca sai, porém surge.

Vive sua vida morna,

Como banho em dia frio,

Procurando no mundo velho,

Preencher com vida nova seu espírito vazio.

 

Quem sou...

Sou um jovem poderoso...

Que vive no mundo totalmente perfeito.

Abandona sua velha vida,

E segue ao seu reino encantado,

Assim não nota a presença,

Do seu próprio demônio amaldiçoado.

 


Quem sou...

Sou eu o poeta triste...

Que escreve pedindo por tempos melhores.

Tempos esses onde suas dores,

Essas que ferem a alma,

Sejam amenizadas pelo amor,

Que o seu sofrimento acalma.

 

 

                                                Victor Augusto

 

 

sábado, 12 de novembro de 2005

Sol vertente


 

Ilusão!

Ter você em minha mente.

Para mim, o qual jamais olhou,

Sequer pensou que dos olhos,

Saltavam-me palavras de amor.

 

Oh, meu sol!

O coração meu falha,

Sempre ao ver-te caminhar.

Mal posso entender eu,

Como é bom te querer!

 

Ah, meu suspiro vital!

Tal como posso eu,

Possuir autroísmo bastante

Para contar-te sobre minha paixão,

Se minha morte chegará,

No momento em que dissertes "não".

 

 

                                                  Victor Augusto

A última conversa


 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

O Sol já está a se pôr,

No arco-íris do horizonte.

Sua beleza é minha fonte...

Mas não esqueça sua missão!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

O maior buraco do universo,

Na minha mente está presente.

Com certeza, bem a sente...

Não desprenda a atenção!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

Já não há sentido,

Para o meu sofrimento.

Estou cansado desse tormento...

Esqueça toda a ilusão!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

Que esse buraco seja o pior,

O sofrimento é vazio.

Perdido, triste, frio...

Não tenha compaixão!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

Falta menos que o previsto.

Quase espera o corpo nú.

A perfuração do bico do jaburú...

Deixe a sã conspiração!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

Podes escutar do sentimento,

O som da rebentação.

Sua mente em estado de levitação...

Segue sempre a comendação!

Segure firme a pá, irmão!

E cave, cave, cave...

 

...Seguro firme a pá, irmão...

E olho, olho, olho...

E um adeus contigo,

Por muito tempo meu amigo.

Esta cova é seu novo abrigo...

Desprezo a insubordinação!

Seguro firme a pá, irmão.

E cubro... Cubro... Cubro...

 

 

                                              Victor Augusto

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Momento crucial


 

Farsas de uma tarde de verão,

Se tornarão uma grande ilusão.

Segue linda a vida em belo turbilhão,

Aparentemente uma jovem diversão.

Mas não provoque em ninguém mera compaixão,

Mostrando-se abatido por não ter uma paixão.

 

Sabendo por certeza que a vida vai seguir,

Tudo que resta realmente é sorrir.

Bem alegre, levando a vida a curtir...

Não queria nessa era novamente existir,

Já que nunca irei um coração real ferir,

Por quanto tempo ainda eu irei resistir?

 

A bata por brilhoso a enfeitar.

Alguém está tentando me enfeitiçar,

Um pedido somente gostaria de expressar,

Sem grande tristeza a demonstrar,

A mim mesmo, pois sinto esse pesar.

Apenas quero um dia alguém para amar!

 

Demonstrando o seu lindo explendor,

O coração expressa o seu fulgor.

E quanto a mente... esqueça a dor!

Aqui dentro desse corpo amador,

Um grito de vitória a alma quer expôr:

AMOR, AMOR! MUITO AMOR!

 

Superfície com vida devbravante,

Siga o seu destino adiante!

Sempre será o eterno amante.

Ouçam o grito aspirante!

Do garoto em si principiante,

Um brando de coragem: Jovem, avante!

 

Uma bela vida assim indo embora...

A presença da liberdade aflora.

Com o doce gosto de outrora...

Sendo assim, adeus, está na hora...

Meu corpo em um profundo poço se escora.

Com licença minha vida, vou falecer agora.

 

 

                                            Victor Augusto

Questão de dúvida


 

E então? O que será?

Se a vida já passa,

Os olhos das pessoas

Não enxergam a verdade,

Com o perdão dos tolos

E a benção dos ímpios:

E então? O que será?

 

Está marcada a escolha,

A fuga ao passado,

O medo do presente,

Ou a incerteza do futuro?

A longitividade do sempre,

Mas a vitória do nunca...

E então? O que será?

 

Desvanescendo a consciência.

Sem fim o devaneio...

Em copo grande e fundo

Quero gozar de tudo um pouco.

Então há dúvida, com certeza.

E então? O que será?

 

Do espírito da morte

Foi mostrada uma idéia.

Seguir? Já não é provável...

Pareça, seja, siga a vida!

No corpo delirante...

Sobre a mesa uma garrafa...

E então? O que será?

 

Sobre a cama um lençol...

Nas mãos a arma...

E a inspiração no olhar.

Uma cena surreal,

Óbvio na cabeça.

A mesma bela aparência...

E então? O que será?

 

No lindo e no belo,

Certamente irreal... Talvez!

Mas a lógica é linda!

É a beleza da vida.

E ela mostra que nada importa,

Apenas o correto qu há:

E então? O que será?

 

 

                                             Victor Augusto

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Mal


 

Odeio o mundo em que vivo.

Odeio ser quem sou.

Odeio ter que conviver com o sonho.

Odeio ver e não fazer.

Odeio tudo que é lindo,

Pois isso eu não sou.

 

Detesto ser como qual.

Detesto ser romântico.

Detesto ouvir e não dizer.

Detesto a paixão, a vida.

Detesto o olhar do paraíso,

Pois todos eu não possuo.

 

Enojo aqueles que são reais.

Enojo o amor que se faz.

Enojo a dor do pensamento.

Enojo o selo do amor.

Enojo a besta da traição,

Pois todos rondam minha alma.

 

Não suporto a minha alma.

Não suporto meu espírito.

Não suporto o meu corpo.

Não suporto os meus sonhos.

Não suporto a minha mente.

Pois todos já estão mortos.

 

 

                                         Victor Augusto 

Mágoa do tempo


 

Queria ter nascido velho,

Pois assim evitaria a passagem do tempo.

Já que nasci novo,

Acho que surgi de forma engana.

Minha alma está na data errada.

Nasci perto do fim.

Sou gêmeo da morte,

O gênio do sofrimento.

Um jovem do mal,

Que tenta fazer o bem.

 

Queria ter nascido antes,

Na época romântica,

Pois se entrasse no quarto do jovem,

Que me inspira o saber,

Nossas almas sobreviveriam.

Já que a noite se torna dia,

Pelo céu se esconde,

Sem voltar e fingir

A realidade da dor.

 

Sei que é o fim.

Vejo tudo diferente além.

Pois o qual me trai bem,

E já não sei de mais nada.

Me foges a inteligência,

Para tentar se reerguer com força.

Mas em vão minha alma grita,

Áfinal o corpo já passou.

Queria poder nascer de novo...

 

 

                                              Victor Augusto 

Adaga momentânea


 

Foi cravada em meu peito

A pior das adagas.

A visão do inferno,

Da pior das torturas.

O coração palpita a falecer

E a morte quer o fim.

 

Estava tranquilo, não esperava

A cena do pecado aos meus pés.

Então o ar já não mais preciso.

Os olhos não quero mais abrir.

A dor dessa tristeza,

Destrói a vida e mata a alma.

 

Pra que viver?

Se o vento não sopra mais,

Se os olhos permanecem enxarcados?

Pois a mente não esquece a cena.

O selo da traição foi marcado,

E o passo para o adeus já foi dado.

 

Então já não mereço nada.

Já que falhei comigo.

Falhei consigo,

Falhei com todos, falhei com tudo.

Falhastes comigo, e a sua falha

Demonstra o quão falho é o meu coração.

 

 

                                               Victor Augusto

Meu fardo


 

Enquanto houver sangue em minha veias,

O derramarei sobre a mesa.

Antes que fique zangado,

Com toda a minha pobreza

 

Névoa de vento gélido.

Praga enfeitiçada.

Ser totalmente estúpido.

Carcaça amaldiçoada!

 

Sou a lama do pântano.

O verme da ponte.

Vou além do terrível ano,

Por onde o mal me aponte.

 

A culpa da estrela da manhã,

Que me faz acordar.

Mas a tristeza dos meus sonhos,

Só consegue me fazer chorar.

 

 

                                             Victor Augusto

O último explendor


 

O Sol se esconde entre a neblina

Quando o céu está no chão.

Minha mente está vazia,

Assim como meu coração.

 

Ora! O brilho no olhar tardia,

Leve como uma flor.

Na morte dos doze dias,

Descansa bem meu amor!

 

Sempre deslumbrante.

Viva com explendor!

Já que a vida resulta na morte,

E a morte não encerra o amor.

 

Pois se falece ao véu-estampa,

Escapando um vento frio,

Dará no suspiro término

Sem amor, morri vazio.

 

 

                                             Victor Augusto

 

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Noite


 

Nesse frio a noite cai.

Com um louco poder

De um amor afastado

Que o som se faz perder,

E nos faz compreender

Toda a situação.

 

Nesse frio a noite cai.

Sem notícia, sem mentira.

Com a verdade da paixão

Ou a pureza do orvalho:

Sincero, simples e humilde.

É desta forma que se vive.

 

Mas dos males o menor,

Pois o Sol ainda queima,

O céu é só um desejo,

Um beijo que a terra esconde

Como um gelo sobre a mão.

Nesse frio a noite cai.

 

 

                                           Victor Augusto

Novo amor



 

     Estou apaixonado. Amo alguém que não posso amar. Mas eu amo. E assim meu coração vai se dilacerando...

     Já não enxergo mais as outras mulheres, pois em todas tenho a triste ilusão de vê-la.

     O que me ocorre? Será uma blasfêmia o que eu sinto? Qual será a minha pena?

     Apenas me apaixonei. Assim a quero, a preciso...

     Não sei o que ela pensa de mim em sua misteriosa mente. Talvez eu seja só alguém... O próximo jovem...

     Mas para mim ela é mais, muito mais!

     Sua ausência significa a presença da morte. Não consigo formar palavras, seguir a lógica, desempenhar funções... Só consigo escrever...

     E esse pranto de dor encaminha os meus sonhos à casa do pesadelo e a morte é a única que me cede uma boa compania.

 

 

                                            Victor Augusto

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Sopro de vida


 

Há uma Lua nova,

Radiante talvez.

Que corre alegre e cativante,

Porém por um instante

Me verá mais uma vez.

 

Não sou inteligente,

Mas estou me esforçando.

Como uma rede me prende.

Meus planos não compreende,

E assim vai me enjaulando...

 

O sopro da vida

Aos meus pulmões foi cedido.

Pena que foi por agouro.

Porque no som de um leve choro

Meu bem maior foi banido.

 

 

                                                  Victor Augusto

Beleza

Assim como nascem os sábios,
Uma flor nasceu.
Seu perfume, mesmo novo, era um atrativo;
Sua beleza, mesmo bruta, era encantadora.
Suas pétalas eram convites,
E seu perfume, uma tentação. 

E a flor cresceu.
E com ela suas qualidades.
Ela está coberta com um lindo véu dourado,
Como um raio de sol pela manhã.
E assim como o Sol, ela brilha,
Resplandesce e se faz vida...
E hoje é sem dúvida
A flor mais bela
De todos os jardins.

Início

     Olá! Esse é um espaço q estou criando para escrever minhas criações e para q as pessoas possam lê-las, conhecê-las e, caso se agradem delas, aprecia-las. Começarei com prosas, poemas e contos mas futuramente colocarei histórias completas e longas para q qm qser acompanha-las possa acessar um capítulo todo dia. Espero q gostem dos textos. Boa leitura!