terça-feira, 27 de outubro de 2009

Entediado...

 


     Oi. O que estou fazendo, você pergunta. Nada, respondo. E é nada mesmo! Olhe só para mim: estou aqui, sentado, olhando para o nada, perdendo dinheiro a cada segundo com energia elétrica, TV a cabo, telefone, INTERNET... Não estou fazendo nada! E ainda estou irritado com isso, pode!? Ah... Pode sim! Isso se chama tédio!
     Tédio... Para alguns isso é sinônimo de "vagabundagem", coisa de gente que não tem mais nada o que fazer. Mas de certa forma, não é que eles estão certos!? Eu estou com tédio porque não tenho mais nada a fazer, ora bolas! Mas não me chame de vagabundo por isso. Todo mundo tem tédio ora droga...
     Duvida de mim? Então pense só: domingo, quatro horas da tarde, você odeia futebol e é a única coisa que está passando na TV, no seu computador não tem uma santa alma viva descente pra conversar, você já baixou todas as séries de TV que gosta, seus filmes preferidos já viraram figurinhas de Sessão da Tarde e seu livro mais interessante da estante diz na capa "Bíblia Sagrada". Me diga se isso não é tédio?
     Quer outro exemplo? Sábado a noite, você está sem carro, nenhum dos seus amigos empolga de sair de ônibus, você liga para sua melhor amiga e ela está com o celular desligado. Você liga a TV e está passando aquele programa ridículo que alguém insano disse que é engraçado, no computador está aquele cara idiota que vive dando em cima de você e que você não excluiu ainda porque ele é seu parceiro de trabalho na faculdade, aquela pilha de livros para a prova de segunda-feira está gritando seu nome e no seu prédio não tem um cristão para te fazer companhia. E então...?
     Ai cara... Tédio... Hoje, ontem, amanhã, sempre... Radical, eu? Quem sabe... Até porque quando estamos com tédio, e eu estou generalizando mesmo, nem pensar direito conseguimos. Dá uma falta de vontade, parece que nem vale a pena.
     Solução? Acha mesmo que eu tenho? Eu diria que dormir é uma boa forma de começar, mas geralmente o tédio vem acompanhado de uma baita falta de sono e ainda corre o risco de mesmo dormindo, quando acordar o tédio permanecer.
     Sabe o que eu sugiro? Sugiro nos unirmos, que tal? Dois entediados juntos pelo menos podem rir da cara amassada um do outro?
     Ah, quer saber... Não estou nem aí... E não me enche ok, porque estou numa tristeza aqui, uma falta do que fazer...
     Tchau. Passar bem... Ah, e quando voltar, trás alguma coisa pra fazermos está bem? Essa sua visita foi chata...

 

 

                                                                                     Victor Augusto

Preguiça

 


Bom dia cama...
O travesseiro me chama gritando...
Mas tenho que ir...
Tenho?
É, tenho...
Roupas, sapatos, cosméticos...
Minha nossa...
Lá vamos nós de novo...

 

Olá cozinha...
Ah se esse pão pudesse falar...
Não falaria muito tempo...
Como ou não como?
Manteiga...
Ferve leite, corta pão, suja louças...
Meu Deus...
Lá vamos nós de novo...

 

Oi trabalho...
Dinheiro maldito que me força...
Se pudesse faria uma fogueira...
Preciso mesmo?
É o jeito...
Faz isso, faz aquilo, ouve, fala...
Cruzes...
Lá vamos nós de novo...

 

Como vai casa...
Voltar pra você e ainda ver essa bagunça...
Contrataria alguém se tivesse dinheiro...
Arrumo isso?
Fazer o quê...
Limpa, lava, guarda, dobra, passa, conserta...
Santo Cristo...
Lá vamos nós de novo...

 

Cama querida...
Se eu te contasse você não acreditaria...
Se você respondesse eu acreditaria muito menos...
Preguiça?
Com certeza...
Acorda, come, trabalha, come, arruma, estuda, dorme...
Oh meu Pai...
Lá vamos nós de novo...

 

 

                                                                               Victor Augusto

Atração

 


Dois pares de pés caminham.
Absolutamente separados.
Dois pensamentos que vagam vazios,
Longe de se cruzarem.
Mas aí vem o olhar...
E o breve sorriso intimidante,

Os cumprimentos básicos,
Iniciam uma cadeia de fatos.
O que vier a seguir é real.

 

Duas mentes se fixam.
Despretensiosamente juntas.
Risadas e palavras simples.
Pouca expectativa,
Muita incerteza.
Mas aí vêm os nomes...
E então a vida,

As curiosidades de ambos,
Certamente os divertem,
E a intenção aumenta.

 

Duas faces que se tocam,
Primeiramente amigáveis.
Falam da Lua e da rua,
Do galho e do trabalho,
Sem medo de abrir.
Mas aí vêm as histórias...
De onde será,
Por onde andou,
O que faz e o que fez,
O interesse cresce.

 

Duas pessoas que se dispedem,
Notoriamente desagradados.
Promessas de reencontros,
Troca de idéias e planos.
Um se vai e o outro fica.
Mas aí vêm os pensamentos...
Querem viver tudo de novo,
Juntos de qualquer maneira,
Pois começou ali de fato,
Uma verdadeira atração.

 

 

                                                               Victor Augusto

Fúria

 


Eis o momento proposto da fúria!
Lava escaldante escorre aos cantos,
Algo maléfico corre nas veias,
Um sangue jorra encandescente por todos os lados.

 

Eis o princípio da raiva!
Limitação do controle da mente,
Falta de responsabilidade pelos atos,
Vozes gritantes na escuridão.

 

Eis a claridade angustiante!
No calor do minuto embriagante,
Uma enxurrada de sensações,
Palmas queimam em busca de dor.

 

Eis a lívida olhada certa!
O alvo para o último tiro,
A certeza de que nesse momento,
Tudo que se pode querer é matar.

 

Eis a solução para os nervos!
Resolvido o brilhante plano,
Feito o trabalho que se desejava,
Fica-se vazio quando tudo acaba.

 

 

                                                                          Victor Augusto

domingo, 25 de outubro de 2009

Ao meu maior amor

 


Olá amor da minha vida!
É o maior prazer para ti escrever.
Apesar de muitas vezes não saber o que dizer.
Repetir as palavras nem sempre convém.
E faltam palavras para descrever,
Sentimentos maravilhosos que me faz viver.

 

Amar você é fácil.
Seu coração se desmancha por mim,
Seu amor é maior que qualquer meio e qualquer fim.
Seu sentimento é forte e belo.
Nunca imaginei um dia ser amado assim,
Mas depois de tanto sofrer veio uma alegria enfim.

 

Amo você mais do que o saudável.
Um dia te disse isso e você não entendeu.
Deu risada e brincou mas não compreendeu.
Hoje o sentimento em você é assim.
E você me diz que seu amor te surpreendeu.
Seu amor é exatamente do mesmo tamanho do meu.

 

Sinto sua falta a todo momento.
Por mim teria você em minha cama todo dia,
E em seus seios aconchegantes eu adormeceria.
Mas não seria tão rápido assim.
Antes loucamente apaixonada eu te deixaria,
E no calor da paixão e do desejo te afogaria.

 

O passar dos dias me prova que sou feliz.
Você é a mulher mais perfeita que existe,
Uma verdade gritada pelo meu coração que insiste.
Embora existam defeitos em você,
Suas qualidades são suficientes para que você me conquiste.
Seu sorriso é o bastante para mostrar que o amor persiste.

 

Eu quero você para mim eternamente.
E cada dia mais eu te garanto que irei te amar.
E toda manhã se preciso for eu tentarei te conquistar.
Porque você é o meu único e singular amor.
Ao seu lado para todo sempre eu quero estar.
E escreverei milhões de versos para você acreditar.

 

 

                                                                                   Victor Augusto

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O amor e o amar

 


Passando ao longe um rosto bonito
A moça serena vai a caminhar...
Um gesto singelo de doce encanto,
Que faz com que ela venha a parar.
As mãos que abraçam são como pessoas,
Andando no mundo que vão contemplar...
Sentimento eterno de bom coração,
Se entrega ao desejo de vir a tocar.
E quando se sente a força do beijo,
Se sabe que isso é o amor e é o amar!
É o amor e o amar...

 

As mães que batalham no fronte da vida,
Lutando e suando por suas crianças...
Pessoas que não se preocupam com contas,
Nem dólar, nem euro, dinheiro ou finanças.
São essas mulheres que ensinam que a vida,
É feita de sonhos para se alcançar...
Mulheres valentes de corpos singelos,
Emoção real que nos leva a chorar.
E o beijo da mãe no rosto do menino,
É a prova que isso é o amor e é o amar!
É o amor e o amar...

 

Os dias se passam com o peso da força,
De homens que deixam o suor gotejar...
Braços fortes revoltos que erguem moinhos,
Fazendo de tudo para se sustentar.
São homens que lutam batalhas inteiras
Mostrando a vontade de se trabalhar...
A família reunida alegra o peito,
Que vem satisfeito trazendo o jantar.
Quando eles levam o prato às suas mesas,
É o valor da força do amor e do amar!
É o amor e o amar...

 

Tantas vidas passadas de um velho casal,
As histórias vividas são belas demais...
Em um mar de lembranças de longas jornadas,
Nenhuma lição foi deixada para trás.
E em todo lugar é a maior notícia,
Na tevê, no rádio, anuncios, jornais...
Comoção popular é onde veio a chegar,
Trazendo consigo a verdade a mais.
O casal faleceu de mãos dadas aos céus,
E do amor e do amar não se esquecem jamais!
É o amor e o amar...
Não se esquecem jamais...
É o amor e o amar...
Não se esquecem jamais...

 

 

                                                                                Victor Augusto

Deixe para trás

 


Um dia era um sonho,
Tão nítido a mim,
Agora eu não ouço,
Uma canção sem fim.

 

Eu não posso tudo,
Mais fácil fazer,
Ninguém é perfeito,
Nem mesmo você...

 

Mas se você pedir é claro que eu vou...

 

O tempo passa,
Não importa o que faça,
Deixe o seu passado,
Não te satisfaz
Não se renda,
Tudo é uma lenda,
E suas memórias,
Deixe-as para trás.

 

Deixe para trás,
Não fique assim,
É triste para todos,
Mais triste para mim.

 

Não chore sozinha,
Esqueça essa dor,
Se sofre agora,
Te dou meu amor...

 

Mas se você pedir é claro que eu vou...

 

O tempo passa,
Não importa o que faça,
Deixe o seu passado,
Não te satisfaz
Não se renda,
Tudo é uma lenda,
E suas memórias,
Deixe-as para trás...


Deixe para trás!

Esqueça!
Eu não quero machucar seu coração!
Prometa,
Que vai ser a minha mais bela paixão!
Não sou quem você quer...
Não sou quem você quer...

 

 

                                                                               Victor Augusto

domingo, 18 de outubro de 2009

Memorável adeus

 


Em pensar que toda a minha luz,
Toda a existência que passava em meus olhos,
Era você...
A princípio era uma inocência tranquila,
Árvores plantadas no solo da consciência.
E você veio também inocente,
E com as trevas atrasou a despedida.

 

Quando eu era forte,
Minha luta era facilmente vencida,
E assim acabaria...
Descobri que uma fraqueza existia,
Uma pequena falha na monumental mesmisse,
A pequena rachadura da rocha,
Era a visão de seu sorriso.

 

Não há razões para se continuar,
Se o meu destino é estar tão assim distante,
Do seu toque...
Onde está a magia que te engrandece,
Tratando sua mera presença como algo substancial,
Palpável na realidade da vitória,
E posteriormente me encaminhando à derrota?

 

Em um sonho distante te vi,
Já ausente de suas conquistas de outrora,
Diferente...
Seu cumprimento foi vazio e triste,
Sua surpresa contudo se mostrou maior,
E ao me ver em todo o explendor,
Seus olhos expressaram cobiça.

 

O que te atrai em mim,
É especificamente aquilo que a mim me repele,
Estranho...
Uma dor dilacerante corta sua garganta,
E a força incontrolável de sua fraqueza,
Permite que parte de sua alma se vá,
Evaporando em meio às lágrimas...

 

Apresento a você tudo que gostaria de dizer,
De uma vez sem perder tempo,
Pessoa...
Minha decepção foi maior que o seu ensinamento,
E sua falta de orgulho e ambição me afastou,
Levando-me a desejar um sorriso mais alegre,
E uma companhia mais esperançosa.

 

Eis a visão real da situação,
Vivida atualmente pelas partes que se afastam,
Solidão...
Me vê às costas com o passado,
Passos largos e firmes em direção ao futuro promissor,
E desde já digo-te para que se lembre de mim,
Que o que tive por você não terei nunca mais.

 

 

                                                                                    Victor Augusto

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fábula Triste

 


Hoje vejo uma fábula triste,
Um momento vazio em minha solidão ausente.
No meu caminhar encontram-se cinzas,
Passos mortos de um passado cinzento.
Ao acordar do Sol que parece escuro,
Um rápido momento para erguer a claridade,
Me vejo olhando ao céu por uma brisa,
Uma simples mudança no destino certo.

 

Meu café está frio.
O relógio marca o momento da minha passagem,
Ao olhar em volta me vejo sonhando...
Que sonho seria esse que tenho?
Uma nota musical melódica me acompanha.
Traços de um dia que está apenas começando,
Ou quem sabe terminando...
Apenas sei que preciso ir andando...

 

Uma multidão como um estouro,
Uma barulheira deveras silenciosa.
Cada mente perdida em seu próprio infinito.
E naquele meio estou eu.
Um ponto claro ou talvez escuro,
Caminhando solitário sobre o mundo,
Mundo medíocre e cretino,
Que me engoliu e está me digerindo.

 

Tarefas e problemas e vozes e pessoas...
Será que alguém realmente sabe o que faz?
Ações automáticas e repetitivas,
Papeis, computadores, livros...
Dinheiro, trabalhos, relatórios, reuniões...
Um tiroteio desesperado por um fim...
Ou um começo, talvez...
Espero sinceramente que um dia eu descubra...

 

Sentado à beira de um lago,
Eu observo calmamente longos cabelos,
Lindos e loiros se afastando ao vento.
Uma bela mulher que talvez sinta o que eu sinto,
Mas eu duvido muito...
Uma gota salgada escorre lentamente,
E em absoluto contra minha vontade,
Cai em meio à água doce...

 

Diga-me se estou errado,
Em observar o seu olhar incógnito,
E me perguntar se será que o meu,
Tão apreensivo e inocente,
Tem essas características únicas,
E essa beleza sentimental profunda,
Capaz de congelar a alma,
E aquecer o mais singelo coração?

 

Eis que acontece uma onda,
Uma aparente marola no oceano da mesmisse.
Um sorriso puro e brilhante para mim.
Algo tão absurdamente ilógico,
Que levo alguns segundos para entendê-lo.
Quase não pude conter a emoção,
Se é que isso se chama emoção,
Uma vontade louca de agradecer.

 

Preciso de mais e mais,
De carinho, de ternura e complexidade.
De um coração palpitante e incerto,
Falho e sem certezas.
Doentia procura incessante,
Uma incontrolável loucura alegre,
Que explode em meu peito com palavras,
As quais expresso com um cumprimento.

 

Entre brincadeiras e silenciosas conversas,
Nosso conhecimento se expande.
Cada vez mais descubro meu vício,
Minha dependência total de você.
Segurando-me na falha de minha coragem,
Um grito mudo ruge no meu interior,
Pedindo com todas as forças,
Para tocar a sua mão.

 

E o momento sonhado soa alto,
Correndo vou para buscar o improvável,
Supero montanhas e pântanos sombrios,
Unicamente para estar ante você.
E ao longe avisto meu maior desejo,
E com o coração na garganta me aproximo,
A vida agradecendo por tudo,
E você me dizendo "olá"...

 

Faltam as palavras reais,
Mas palavras não descrevem divindades,
Nosso olhar compartilhado congela,
E o universo se silencia.
Aos nossos passos aproximados,
A terra extremesse ansiosa,
E com a maior de todas as glórias,
O nosso beijo formaliza o amor.

 

 

                                                                                  Victor Augusto

domingo, 4 de outubro de 2009

Confissão

 


Quando olho nos seus olhos,
Não há nada mais para se ver...
Nada além de um mesmo erro,
Ficando para trás em mim...

 

Depois de tanta discussão,
Não deixa de ser uma contradição,
Essa sua grande precipitação,
Sua própria noção de razão...

 

Eu menti para você...
Mas admito que foi sem querer...
Esse foi o último sorriso,
Que deixei para o mesmo destino que o seu...

 

Toda vez que a dependência é muito longa,
Aparência de final mas eu não sei porquê...
Toda vez que a dor me faz ajoelhar,
Uma quebra geral, uma perda total...

 

O sacrifício nunca vem sozinho...

 

Por que eu permaneço?
Se você apenas me pressiona a seguir,
Não importa o que você disser,
Serão mentiras para mim...

 

Cegueira eterna, dor momentânea,
Ouça minha voz trêmula e respire,
Pare de pensar em devaneios exitantes,
Olhe para frente agora!

 

Eu tentei, como você,
Fazer tudo que você queria...
Essa foi a última vez,
Apaguei meu passado pelo mesmo erro que você...

 

E toda vez que a dor me faz ajoelhar,
Uma quebra geral, escuridão total...

 

O sacrifício nunca vem sozinho...

 

Por que eu permaneço...
Um grito vazio na noite fria...
Não importa o que você disser...
Soam como mentiras a mim...

 

A primeira vez que eu vi,
Foi mais do que percebi,
Não foi tão dificil assim,
Ficar sozinho...

 

Se você é o meu dia,
É uma chance a mim,
Nada ficou para tras,
Nem a agradecer...

 

Mas por que eu permaneço?
Se você apenas me pressiona a seguir...
Não importa o que você disser...
Estou cego ao futuro que pode vir...

 

 

                                                                                      Victor Augusto

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Amor a dois

 


Fecho os olhos para a noite.
Em uma turva visão,
Te observo caminhar para mim.
Em suas mãos carrega um sentimento,
Seus passos marcam uma ansiedade,
Vontade louca de chegar,
Desejo incontrolável de tocar.

 

Por um espaço de tempo qualquer,
Admiro sua chegada.
Um rosto tímido e de olhar acanhado,
O breve sorriso em seus lábios,
Me dizem que você me quer.
Entrelaçar as próprias mãos me prova,
Que sua ânsia é maior que seu controle.

 

Flor rara de beleza encantada.
Nasceu bela em distante trilha,
Apareceu a mim como que por magia,
E assim como tal me fascinou.
Hoje sua presença em minha vida,
É como se voltasse à infância,
Radiante por estar ao seu lado,
Irracionalmente triste por sua ausência.

 

Você vem para mim ao luar,
E sempre que me olha se pergunta,
Se seu sentimento é vivenciável.
Você leva na mente um pensamento,
A esperança é a capacidade de sentir,
Que o mais improvável dos sonhos,
Possa se tornar a mais concreta,
Das realidades.

 

A prisão do seu olhar me convida,
Quando estende sua mão para mim,
Carrega na pele um magnetísmo ímpar.
Como uma rede me prende e me adere,
Lentamente me envolve com seus braços,
Em um aperto que liberta o coração.
O calor do seu corpo aquece a alma,
E seu beijo me faz delirar.

 

Minha mão leve em seu rosto,
Ao afastar uma mecha de seu cabelo,
Consome um imenso prazer.
Sabedoria nenhuma no mundo poderia definir,
O quão maravilhoso é esse momento,
Onde você me olha com uma súplica,
Pede implorando pela maciez dos meus lábios.

 

Quando nosso amor se consome,
Na fogueira voraz do desejo,
Nossos corpos se confundem,
E o amor que dele é produzido,
É mais forte do que a própria essência que dele provém,
No nosso beijo nos fazemos perfeitos,
No nosso prazer nos fazemos divinos.

 

O desejo é apenas a forma sincera,
Que o corpo consegue expressar,
Para dizer que não consegue mais existir,
Sem o calor que por ele pode transpassar.
E o beijo sincero e sempre carinhoso,
Vem a ser a mais bela forma,
Completa, sublime em sua manifestação,
De se dizer que ama.

 

Ao término de nossa declaração de amor,
Sobram apenas as lembranças,
Eternamente boas e revigorantes,
Da realidade que nos assolava.
Éramos dois jovens esperançosos,
Que lentamente se conheceram e se viveram.
E que depois de toda a experiência aprenderam,
Onde houver dois corações em sincronia,
Vivendo lado a lado em busca puramente do amor,
Alí estará a felicidade.

 

 

                                                                                                              Victor Augusto