Depois do longo tempo,
Daquele frio inexpressivo,
Percebe-se claramente,
Que ainda continua vivo.
Onde esteve escondido?
Talvez já não seja importante.
Provavelmente estava perdido,
Em um mundo solitário distante.
Agora encontra-se calmo.
Aquela postura de quietude.
Aparenta leveza e controle,
Mas por dentro não se ilude.
Lentamente renasceu.
Voltou a sentir o calor.
Foi tragado de volta à vida.
Sentiu falta de seu sabor.
Ja perdeu aquela sonolência.
Deixou para trás a falsidade.
Abandonou suas mentiras internas.
Desejou sentir de verdade.
Agora anseia controlado,
Rezando por satisfação.
Sabendo que está atrasado,
Para viver essa louca paixão.
É uma chama de luz envolvente,
Daquelas que nunca se apagam.
Um desejo de ardor latente,
Os dois sóis que nas chamas se esmagam.
Fogo interno de força letal,
Incontrolável ornamento duro.
Faz-se viríl como jovem faísca.
Queima forte como incêndio maduro.
A vontade de alimentar,
Impossível presente momento.
Bem visível através do olhar,
Seu completo conprometimento.
Pois não deixe apagar a chama.
Busque o óleo que a faz inflamar.
Quanto mais se aguardar a ceia,
Mais intenso o fogo irá queimar.
Da fagulha ao Sol se tornou,
Mas de Sol é o que sempre brilhou.
Se um dia apagado ficou,
Hoje vibra com o que emocionou.
Vai buscar na melhor das campinas,
Bom planalto para se espalhar.
Labaredas pulsantes e rígidas.
Bosques particulares irá penetrar.
Não espere que isso se acabe,
Apesar de que irá se acalmar.
Quando lamber o interior suave,
Do prazer que irá abraçar.
Deixará como em uma explosão,
O júbilo da luz desejada.
Descansando com ondas mais calmas,
Na planície entre as montanhas amadas.