Uma terra lá atrás...

 

Eu vim de uma terra de dor,

Muito suor, muito calor...

Onde músculos surgem novos,

Sâo ações para todos os povos.

 

Nesse mundo de pó eu te vi,

E desde então para você vivi.

Se me pergunta de onde vim,

A resposta é fácil para mim.

 

Eu sou de uma terra lá atrás,

De quem sou filho tanto faz.

Você pode ouvir minha voz?

Segure minha mão, aqui vamos nós!

 

Um volta completa no Brasil!

Um olhar como nunca se viu!

E ainda não entende o que digo...

Esqueça tudo e apenas venha comigo!

 

Sua pele que queima é demais!

Mais feroz do que seria capaz.

Com seu toque eu fico nervoso.

Seu perfume me deixa ansioso.

 

De rock, axé, carnaval.

De alegre a triste, bem ou mal.

De sua terra não sei o que tem,

Mas o meu lugar você conhece muito bem.

 

Eu sou de uma terra lá atrás,

De quem sou filho tanto faz.

Você pode ouvir minha voz?

Segure minha mão, aqui vamos nós!

 

 

                                                                                      Victor Augusto

Sinto falta de você

 

Sinto falta de você.

É duro admitir.

Como pude me deixar ficar assim?

Sofrimento, dor...

Solidão.

Sentado ou andando,

Como em uma jaula.

Doloroso...

 

Sinto falta de você.

Tão importante é para mim.

Meu coração se flagela.

Sua voz, pele...

Seu toque.

Minha pele se arrepia,

Procurando a sua.

Vazio...

 

Sinto falta de você.

Não tenho medo de sentir.

Machuca como o inferno.

Violando, afetando...

Corroendo.

Meus lábios umidos pedem os seus.

Seu perfume me persegue.

Te sinto.

 

Sinto falta de você.

Masoquista sentimento.

Esperança incessante.

Vontade e determinação.

Atitude.

Posso viver feliz como sempre,

E superar tudo que vier,

Mas sinto falta de você.

 

 

                                                                              Victor Augusto

Olhos da verdade

 

Renascido,

Nessa cidade,

Procurando minha glória.

Sem perder,

As esperanças que seguem,

Sei que sobreviverei.

 

Por muito tempo,

E o tempo anda rápido,

E procurei a vitória.

Não protelei,

Com argumentos do passado,

Eu estou vivo.

 

São os olhos da verdade,

Que me levam à luta!

Renascendo,

De guerreiro a amante!

E a luz,

Que conduz ao infinito,

É bem mais do que posso seguir!

 

Cara a cara,

Nessa estrada,

E nesse tempo eu vencerei.

Eu vou ao fim,

Do futuro ao passado,

Mas o olhos me dizem bem mais!

 

E são olhos da verdade,

Que me mostram a luta!

E renascido,

Eu vou guerrear pelo amor!

E essa luz,

Que me induz ao infinito,

Os seus olhos me dizem muito mais!

 

Não temer,

É o lema a seguir,

O seu sorriso é a chave!

Se percorrer,

Do princípio ao fim,

Um ciclo de paixão percorrerá!

 

Mas os olhos da verdade,

Que te entregam à luta!

Eles renascem,

E a guerra acaba no amor!

E com a luz,

Que chegou ao inicio do infinito,

Esses olhos que irei seguir!

 

 

                                                                                  Victor Augusto

Ação sem perdão

 

Não é facil ser certo.

Olhar em volta e ver o sorriso,

E falar a palavra sincera.

De que adianta o beijo?

O gosto não é agradável,

A pele não inflama mais.

Fracasso...

Contato carnal bruto,

Almas distantes...

 

Quando seus olhos brilham,

O coração aperta,

Mas o aperto dessa vez,

Não carrega paixão.

Seu sorriso fácil é doloroso,

Pois a resposta é falsa.

Víl...

Deu a mão e a pele,

Mas a alma está presa.

 

Por que não se afasta?

Vício incessante,

Necessidade humilhante.

Sem sentimento algum.

É injusto acorrentar sua alma,

Quando precisava apenas de sua mão.

Difícil...

Te trouxe para tão perto,

E te quer tão longe...

 

Perdão inadmissível.

A alma cada vez mais,

Se acorrenta a manipular,

Sentimentos alheios.

É muito fácil ser difícil,

Mas é impossível ser nobre.

Maldade...

Fez das suas dessa vez,

Mas vai viver para sofrer.

 

Depois de provar,

De experimentar e não gostar,

Vai ser livrar rápido?

Pelo visto sim...

A vida é assim cruel,

E eis a crueldade em carne.

Ódio...

Deveria ter provocado esse,

Ao invés da mera paixão.

 

 

                                                                     Victor Augusto

Plebéia da dor

 

Tola...

Pensa mesmo que a vida é assim?

Lamentável...

 

Muitos dias se passaram,

Desde que seus olhos se fecharam.

Não adianta tentar,

Não será feliz antes de achar.

É utopia pensar que será,

Ou que algum dia novamente terá,

Sentimento tão grande quanto teve.

 

Sorriso falso.

Pé descalço.

Entre suas noites de embriaguez,

Vai ficar sozinha mais uma vez.

Acorda para a realidade,

Não terá mais felicidade,

Se ficar onde já esteve.

 

É risível a situação

Irônica contradição.

Buscou melhorar sua vida,

No dia da sua partida.

Cai no poço mais profundo,

E vai ficar perdida no mundo,

Por ter largado o amor.

 

É melhor você morrer,

Do que vir a conhecer,

A realidade que vai se apresentar,

Quando o futuro chegar.

Ficará perdida e sozinha,

Não será princesa nem rainha,

Apenas plebéia da dor.

 

 

                                                                             Victor Augusto

Jornada

O futuro é uma estrada escura e incerta.
Escrita de várias formas,
Suas curvas perigosas possuem muitas saídas;
Suas retas escondem possíveis penhascos...
O medo é um forte obstáculo.
Ele apaga as poucas luzes que podem iluminar,
Ofusca a visão.
Acertar o passo nem sempre é fácil.
Para onde ir?
O que fazer?
As placas também não são assim tão claras.
Apontam muitas vezes para o acostamento.
Por vezes são apenas setas, sem direção.
Traços...
Um "X", uma cruz, um ponto.
Estranhas formas, de difícil compreensão.
Mas essa estrada esconde um segredo.
Um código.
Criptografado muitas vezes pelos caroneiros,
Por aqueles que pedem uma mão,
Para seguir em frente.
Pode se esconder também apenas no chão onde se pisa,
No próximo passo.
E quem sabe também não esteja no olhar da pessoa,
Aquela que vai passando na direção oposta.
Esquisito olhar para tanta gente,
Centenas de pessoas perdidas,
Outras seguindo absolutamente sem rumo.
Poucas aparentam saber para onde vão.
E esse é o verdadeiro,
O maior segredo de todos.
O caminho que você trilha por essa estrada,
Pouco importa.
O importante é que os passos sejam dados,
Um de cada vez,
Seguidamente,
Ininterruptamente.
Hora ou outra surge um obstáculo,
Um buraco, uma dobradura...
Não se importe.
Além de você precisar continuar seguindo,
Sempre é possível contar com alguém,
Nessa estrada nunca se está sozinho,
E mesmo que a pessoa esteja na direção oposta,
Ela pode enxergar no seu caminho algum sentido.
Se ela vai na mesma direção que você,
Porque não compartilhar as experiências passadas?
Isso pode auxiliar muito nos próximos momentos,
Pode até iluminar um pouco à volta.
Siga,
Não se desepere, vá no seu ritmo,
Seja ele calmo ou frenético.
É essa a real lógica.
Indo sempre,
Com certeza em algum momento,
Você chegará em algum lugar.
E não importa aonde seja,
O importante é ir até lá.
E quando sua jornada terminar,
Não se preocupe.
É certo que alguém valorizará seus passos,
E dará continuidade à sua viagem.
Porque é fato,
A viagem não acaba quando termina,
Ela apenas recomeça.


                                                                                 Victor Augusto