Passam dias sem sentir o vento,
Na cabeça o arrependimento...
Do que não foi feito.
Dia-dia de um gato enjaulado,
Andando no quarto para todo lado...
Inferno perfeito.
O seu jardim está abandonado!
Os seus desejos ficam sempre de lado...
É o tempo que passa...
Te ver no espelho é contemplar o medo!
Abre os olhos mas ainda é cedo...
Seu tempo que passa...
Não há razão...
Não há.
Porta fechada,
Mente aberta,
Vai esperando a hora,
Sem saber a hora certa...
Do que te espera.
Sem tesão,
Sem paixão,
Sentindo o desespero,
De toda solidão,
Sozinho na esfera...
O seu jardim está abandonado!
Os seus desejos ficam sempre de lado...
É o tempo que passa...
Te ver no espelho é contemplar o medo!
Abre os olhos mas ainda é cedo...
Seu tempo que passa...
Não há razão...
Não há.
Sua cor já está monocromática,
Sua geografia é muito matemática...
Na lógica que venera...
Dia ruim,
Dia bom,
Sem dor nem sofrimento,
Sem rima e sem frisson...
No fim de uma era...
O seu jardim está abandonado!
Os seus desejos ficam sempre de lado...
É o tempo que passa...
Te ver no espelho é contemplar o medo!
Abre os olhos mas ainda é cedo...
Seu tempo que passa...
Não há razão...
Não há.
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