sábado, 21 de janeiro de 2006

A noite inesquecível

 



     Era um baile em uma cidade distante. Nem me lembro mais o que comemorávamos, mas o que lembro é que havíamos alugado todo o andar de um hotel, o salão de festas, a cozinha e os quartos. À propósito, muitos quartos. Todos com a chave propositalmente pelo lado de dentro do quarto.

     Eu estava sentado perto da grande mesa, no canto do salão, quando a banda começou a tocar uma romântica canção. Foi quando, do outro lado do salão, eu a vi, triste e cabisbaixa mas ao mesmo tempo ansiosa. Era a primeira vez que a via... E já a conhecia a muito tempo.

     Rapidamente me desloquei à cadeira onde ela estava sentada. Olhei no fundo de seus olhos, aqueles lindos olhos castanhos olhando para mim. Estendi a mão com um leve e carinhoso sorriso no rosto. Ela sorriu também, pegou minha mão e fomos para o meio do salão, onde outros casais já dançavam ao som da canção.

     Passei meu braço por trás dela e a colei em meu corpo. Seus braços envolveram meu pescoço e seu rosto repousou em meu ombro. Enquanto dançávamos, senti seu coração bater forte junto ao meu. Ela descolou seu rosto do meu ombro e olhou profundamente em meus olhos, enquanto afastava de leve uma mecha de cabelo que lhe caia no rosto.

     Perguntei como ela se chamava. Ela disse "Viviane", e sua voz de certa forma me pareceu constrangida. Perguntei em seguida, para cortar seu constrangimento, se poderia lhe chamar de "Vivian", e, em meio a risadinhas aparentemente mais constrangida, ela concordou. Eu disse que me chamava Victor. Ela disse que adorava esse nome,  e pediu para me chamar de "Ví", dizendo que poderia ter dois de mim no nome dela.

     Quando a música estava próxima de acabar, ela afastou seu rosto do meu e me olhou novamente com aquele olhar profundo, e tive a impressão de que ela estava analisando minha alma. Paramos de dançar. Nos olhávamos tão fixamente que era como se nada mais existesse ao nosso redor. Me sentia tão ligado a ela que poderia jurar que nossas almas estavam fazendo amor alí mesmo no meio do salão.

     -- Por que nossos nomes não se tornam um só?   -- ela disse , exibindo um lindo sorriso no rosto, assim que a música acabou.

     E então, em meio à palmas que ecoaram ao fim da canção, ela me beijou. Me beijou da forma mais surpreendente possível, mas ao mesmo tempo eu já esperava aquilo, ansiosamente. Me beijou de uma forma louca, porém foi da melhor forma que alguém poderia me beijar. Ficamos alí nos beijando por alguns minutos. Eu passava para ela todo amor que poderia sentir por alguém e podia sentir toda paixão que queimava em sua boca.

     Quando paramos de nos beijar, percebi que todos os olhos estavam voltados para nós. Uma salva de palmas correu pelo salão. A banda ofereceu a próxima canção a nós.

     Enquanto a banda tocava a canção em nossa homenagem, ela apontou com o dedo para o corredor que levava aos quartos. Lógicamente entendi a mensagem, e nos dirigimos ao corredor.

     Todos os quartos que estavam ocupados estavam com placas de "não perturbe" na porta, então não foi muito difícil sabe qual quarto estava vazio. Chegamos à porta de um quarto desocupado e quando coloquei a mão na maçaneta ela a segurou com força, não me deixando abri-la. Em seguida me deu um profundo e carinhoso beijo.

     Assim que ela terminou de me beijar, ia dizer algo a ela mas ela colocou seu dedo na minha boca para evitar. De repente ela abaixou a cabeça e parecia querer dizer algo mas ela falava tão baixo que era impossível entendê-la.

     -- Eu... Eu... Bom, é que... Bom, eu...

     -- Pode falar, não precisa se preocupar. Seja lá o que for, acho que sou maduro o suficiente pra entender. -- eu lhe disse, tentando encorajá-la a falar o que queria logo de uma vez.

     -- É que... Quero que você saiba -- ela se aproximou da minha orelha esquerda -- que eu sou virgem!

     Admito que me surpreendi com a declaração dela. Senti que ela se apertava com força contra meu corpo como se quisesse evitar que eu fugisse, coisa que nem passava pela minha cabeça. A afastei de meu corpo e olhei mais uma vez naqueles olhos castanhos lindos. Dei um leve sorriso e depois um breve beijinho. A abracei com força e falei em seu ouvido:

     -- Não se preocupe. Não irei te decepcionar. Confie em mim.

     Abri a porta do quarto e esperei que ela entrasse primeiro. Queria que ela averiguasse se era seguro entrar. Em meu rosto exibi o mesmo leve sorriso de confiança e esperei por sua decisão.

     -- Só entrarei se for com você! -- ela disse de repente com expressão de decisão difícil no rosto.

     A abracei novamente e a levei para dentro do quarto.

     Aliás, o quarto parecia feito especialmente para nós. Havia uma iluminação vermelha, quase rosa, mas que não clareava exageradamente o local, dando um clima de reservado. A cama era enorme e coberta com um tecido branco que sofria um incrível efeito graças à luz rubra. Estava tudo perfeito.

     Com um movimento rápido a joguei na cama, deitei ao seu lado e a beijei calmamente a boca. Não fiz nenhum movimento brusco até perceber que poderia. E a mão dela percorrendo meu corpo foi o sinal. Conduzi minha mão pelo seu corpo lentamente, e de leve fui lhe tirando a jaqueta que usava. Abaixei a manga de seu vestido e pude ver seu sutiã. Ia beijando sua boca e descendo pelo pescoço enquanto tirava seu vestido. Fui o mais lento possível e sempre que me parecia estar indo rápido eu parava para que ela me desse permissão para continuar.

     Comecei a sentir, por seus sons e seu fulgor, que ela já estava achando aquilo um pouco lento demais. Portanto, continuei baixando seu vestido, agora um pouco mais rápido. Quando cheguei abaixo de seus seios ela começou a tirar minha camisa. Ao terminar, ela começou a arranhar de leve meu peito e a me pressionar com força contra seu corpo. Isso me deixou realmente excitado e me pareceu que ela já havia tomado sua decisão. Mas eu precisava de uma certeza.

     -- Você tem certeza de que é isso que você quer? -- perguntei, já ofegante.

     -- Você realmente se importa com isso? -- ela me perguntou, com um ar ansioso e curioso, quase assustado.

     -- É óbvio que me importo porque... Porque... -- peguei em sua mão e olhei em seus olhos.

     -- Viviane... Eu... Eu te amo!

     Não sei porque disse aquilo. Não seria lógico amá-la. Eu a tinha conhecido a poucas horas, não poderia amá-la. Era óbvio que ela ia achar que isso era papo-furado, minha consciência pensava. Mas de certa forma eu sabia que era isso que eu estava sentindo naquele minuto. Eu a conhecia, sabia que ela iria acreditar, só não sabia explicar.

     E a frase mecheu mesmo com ela. Mas de forma positiva. Ela começou a me abraçar e me apertar ainda mais contra seu corpo como se estivesse me revendo após muito tempo longe. E então começou a me agarrar, me acariciar e me beijar... Ela sabia que a frase era verdadeira.

     Coloquei a mão na alça de seu sutiã e a afastei suavemente. O retirei totalmente e vi seus seios durinhos, macios e aconchegantes. Pude perceber que não se tratava de uma simples garota mas sim de uma mulher, uma perfeita mulher. Uma mulher perfeita!

     Continuei descendo com minhas mãos e com meus beijos, retirando-lhe ainda mais seu vestido e sentindo seu desejo. Ela começou a se contorcer e a respirar cada vez mais profundamente. Seus olhos fechados e apertados mostravam o quão bons estavam meus carinhos. Finalmente lhe retirei todo o vestido e pude vê-la completamente nua.

     Olhei em seu rosto após me aproximar novamente de seu corpo e percebi que, apesar de sua timidez adolescente, ela estava feliz. Beijei novamente sua deliciosa boca, como nunca havia beijado ninguém, com paixão e ternura, e disse de forma sincera.

     -- Não se preocupe. Não irei te decepcionar. Serei carinhoso e paciente. Vai ser perfeito.

     Tirei toda minha roupa e enquanto beijava sua barriga toquei levemente sua partes íntimas, nunca antes tocada e pura. Beijava seu corpo e sua boca e acariciava sua parte íntima, sempre me preocupando com as sensações que ela sentia. Me preocupei em manter certa distância entre meu corpo propriamente dito e o dela para não parecer afobado ou impaciente e esperei encontrar uma área em sua pequenina parte íntima que a fizesse sentir um prazer em especial.

     Até que toquei em determinada parte e ouvi de sua boca um grande suspiro e um forte gemido. Sabia que alí existia meu pote de ouro. Comecei a estimular aquela pequena parte cada vez mais e só então me aproximei inteiramente dela. Quando nossos corpos se colaram, ela envolveu em seus braços e me jogou em cima dela. Aproximei então minha parte íntima da dela cada vez mais, e mais, e mais...

     Então ela deu um forte suspiro e um forte gemido. E outro. E outro. Finalmente éramos um só.

     Deitei sobre o corpo dela e ela colou seu corpo no meu de tal forma que seria difícil para alguém dizer quem era quem alí. A beijei e minha curiosidade quis perguntar a ela o que ela estava sentindo, mas suas expressões faciais e seus gemidos já eram resposta suficiente.

     Fui me movimentando de leve, aumentando a velocidade gradualmente. Por um momento me pareceu que ela não estava sentindo mais nada, devido ao certo silêncio que ela fez. De repente:

     -- ... Vai... -- ouvi o tímido som sair de sua boca.

     Eu sabia o que fazer e onde tocar então cada vez mais eu aumentava a velocidade de meus movimentos e ela cada vez mais alto gritava:

     -- ...Vai... Vai!... VAI!...

     Percebi que aquele não era o momento para ir até o final, então toquei levemente o seu rosto e com um leve porém rápido movimento a coloquei de costas para mim. Naquele momento senti que todos os medos que ela poderia estar sentindo haviam passado. Ela era como um colchão e eu era seu cobertor.

     Eu a abracei. Ela me abraçou. Éramos duas peças que se encaixavam perfeitamente e que nunca deveriam ser separadas.

     Era verdade. Um verdadeiro e primeiro amor estava sendo consumado. Mas não terminado. Precisava ser perfeito. E para isso não deveria terminar alí daquela forma. Deveríamos nos unir totalmente, mais do que já estávamos.

     Então coloquei seu lindo corpo sobre o meu, sentados, e a abracei forte. Cruzamos ambos as pernas por trás do outro e ficamos muito abraçados. E não poderiamos ter feito melhor. Estávamos tão juntos que eu podia sentir seu coração bater dentro do meu.

     Com um grande e forte gemido de ambas as partes, o amor foi consumado. Tudo de humano que havia em nós se tornava divino. Nosso amor, nossas vozes, nossos corpos... Nossas almas eram uma só. Nossos espíritos brilhavam como estrelas e aquele brilho durará eternamente.

     Finalmente chegávamos ao ápice de nosso amor e prazer. Estávamos cansados, mas aquele era o melhor cansaço que alguém poderia sentir. Nos deitamos na cama e mesmo tendo terminado nosso ato de amor, continuamos juntos como antes.

     Nos beijávamos. Nos amávamos. Era um puro e sincero amor, que fluia e preenchia aquele quarto e podia ser sentido em todo o ar.

     Realmente foi tudo perfeito, e se tornou mais que perfeito quando ela olhou em meus olhos, se aconchegou ainda mais em meu peito e disse com uma voz baixa e cansada, porém humilde e satisfeita, aquela frase que inspira os melhores sentimentos humanos... E divinos:

     -- Eu te amo... Victor...

     Eu era o ser humano mais realizado de todo o universo. Tinha sido abençoado por Deus por tê-la conhecido.

     E então adormecemos. Éramos um só... Fomos um só... Somos e seremos um só, sempre. Talvez tivéssemos sido um só por poucas horas. Talvez aquele curto instante para muitos não passaria de mais uma noite qualquer. E talvez fosse mesmo.

     Mas para nós não. Para nós foi muito mais que algumas horas, foi muito mais que uma noite. Foi o dia de nosso nascimento. Foram todos os dias de nossas vidas. Foi o último dia de nossa velha existência. Foi a noite inesquecível.

     O que para muitos poderia ser considerado um breve momento, para nós levou a eternidade. Foi como um milhão de anos em um só segundo. Se realmente existe um sexto sentido, nós haviamos alcançado-o.

     Mas por que nos encontramos somente naquela noite? Por que não havíamos nos encontrado antes? Como e por que tudo isso aconteceu? E como foi que padecemos? Bom, essa é uma outra história que somente o tempo e principalmente o amor serão capazes de contar.

 

 

                                           Victor Augusto

 

    

8 comentários:

  1. Nossa Victor...Que perfeitoNão tenho nem palavras....Me supreendi mais uma vez com vcFicou lindooo!!!Chega de melção né?!?!KKKKKKKKMas parabéns de verdade!Te adoro, sempre!Bjos e bom FDS!

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  2. oieenossaesse foi realmente impressionantelindoromanticoperfeitoxDcontinuaa assim^^=*******

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  3. Oi Victor,Que ensaio sensual... arrepia até a alma. Amei...Tô de volta...Beijos

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  4. Senti falta da tua foto...Beijos

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  5. Oi Amigo Victor augusto tudo bem! Como tem passado espero que esteja bem com sua familia.Amigo venho aqui hoje para te comvidar para uma festinha no meu blog hoje tem niver la.Fico esperando sua amavel visita.Bjokas no seu coração Lúcia.-----------------(------( -----(------( -----------------()-----() ----()----() -----------------||--—-||-—-||-—-|| --------------{*~*~*~*~*~*~*}----------@@@@@@@@@@@@@@@ --------{~*~*~*~*~*~*~*~*~*~ } ----@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@----{~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~} ----{~*~*~*Niver da nossa miga ~*~*~} ----{~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~} ----@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ ------------------------)---------(---------------_____,-----------,___--------------/________________\\

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  6. ***Oi menino lindo! td bem com vc???Que coisa maixxx liiinnnnnnda "A Noite Inesquecível!!!"Vc me fez voltar no tempo e lembrar coisas maravilhosas!!Parabénnnnnnns poeta!!!Um grande beijo!Fica com Deus!Neuza

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  7. Victor Augusto!!!!
    "Às vezes, quando tudo dá erradoacontecem coisas tão maravilhosasque jamais teriam acontecidose tudo tivesse dado certo".¦:-**-:¦:-**-:¦:-**-:¦:-**-:¦:-**-:¦:Um fim de semana bem linda e colorida para vc e,para sua família!´´´´´***.....***´´´´*****...*****´´´´**********´´´´´***Beijos***´´´´´´*********´´´´´´´´*****´´´´´´´´´***´´´´´´´´´´*^^^@@´@@´@@ Lúcia @´ @´@´^^^^\\\\||//^^^^^^^^^^^^^\\|/

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  8. bom depois de um tempo tive que ler...por toda nossa histora e tempo que passamos juntoeu sinto que fui uma viviane (vivian) pra vc e vc foi meu victore lendo esse texto vejo mt de vc que foi se perdendo ou mt de mim de eu perdi.esse texto eh como uma luz que aparece agora pra me ajudar acaminhar...eu serei novamente inesquecivel e eterna pra vc, assim como "ela" foi,COMO FUI UM DIA.lendo ele lembrei do todos os momentos que ja tivemos, em especial o natal...que se encaixa certim com + da metade da historia!MEU AMORamanha será inesquecivel!te amo

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