quarta-feira, 6 de maio de 2009

Adaga Momentânea

 


Foi cravado em meu peito,

A pior das adagas,

A visão do inferno,

Da pior das torturas.

O coração palpita a falecer,

E a morte pede o fim.

 

Estava tranquilo, não esperava,

A cena do pecado aos meus pés.

Então o ar já não mais preciso,

Os olhos não quero mais abrir,

E a dor da tristeza,

Destrói a vida e mata a alma.

 

Pra que viver?

Se o vento não sopra mais,

Se os olhos permanecem encharcados,

Pois a mente não perde a cena,

O selo da traição foi marcado,

E o passo para o adeus já foi dado.

 

Assim já não mereço nada,

Já que falhei comigo,

Falhei consigo,

Falhei com todos, falhei com tudo.

Falhaste comigo, e a tua falha,

Demonstra o quão falho é o meu coração.

 

 

                                                               Victor Augusto

 

 

Da série "De volta aos primeiros versos".

 

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