O Sol e o Luar!

No meu caminho surgiu,

Uma grande distração,

Uma dúvida complexa,

Uma interrogação.

Dois caminhos a seguir,

E nenhuma indicação.

Para onde devo ir?

Digo sim ou digo não? 

De um lado mais presente,

Está o Sol bem radiante,

Com seu grande explendor,

Seu dourado embriagante.

Com os braços estendidos,

Um sorriso adiante,

O presente conhecido,

E um futuro brilhante. 

Do outro lado mais distante,

Se encontra o luar,

Com seu mistério inquietante,

Hipnotiza como o mar.

Atraente e complexo,

Me convida a ficar.

Quanto mais me aproximo,

Mais me puxa a abraçar. 

O Sol me preenche o dia,

Companheiro bem real.

O luar é precioso,

Para o bem e para o mal.

Com o Sol foi a conquista,

Para o brilho ser focal.

Com o luar foi à primeira vista,

A identificação foi total. 

No momento eu me inclino,

Para a Luz que o Sol emana,

Mas o desejo é incerto,

Pois o luar diz quem me chama.

A inocência que o Sol reserva,

Não se importa com a semana,

A astúcia firme do luar,

É a vontade que em mim inflama. 

Cada espaço tem o seu momento,

Cada momento tem a companhia.

No início vem o Sol,

Com o calor que lhe fugia.

E eis que surgiu o luar,

Para confundir a covardia.

Não existe mais o medo,

Que um dia existia. 

Vou em busca da resposta perdida,

Para essa triste decisão.

Ou o Sol vai se apagar,

Ou me dispeço da escuridão.

Enquanto isso persisto na escolha,

Que me trás satisfação.

Vivo o dia completo enfim,

Dois lados do mesmo coração.