Ouvi durante anos a lei,
Onde diziam que a boa história,
Deveria ter um começo,
Percorrer um caminho de glória,
E se encerrar em um fim,
Onde a conquista e a vitória,
Se encontrariam enfim.
Passei anos em uma procura,
Buscando algo que não encontrava.
Uma busca plena,
Do tipo que não se esperava,
Procurando o começo da vida,
Mas assim não imaginava,
Que a minha saída,
Era o olhar que me penetrava.
Pois todo começo exige um passo,
Que nos leva ao lugar de partida,
Um lugar misterioso e sombrio,
Sem saber o que se espera em seguida.
Partindo do princípio instante,
Sobra apenas a medida,
Que o passo inconstante,
Me traga do início a despedida.
Seguindo confiante pelo caminho,
Esbarro em pedras que se movimentam,
Muitas não querem me atrapalhar,
Mas as mais imponentes bem que tentam,
Caminho central de buracos,
Trilha que muitos experimentam,
Ficar pelo caminho é para os fracos.
Melhor seguir o que os olhos inventam.
É então que esse caminho,
Deixa enfim de ser solitário,
Quando os olhos são atingidos,
Por um sentimento solidário,
De sensações inesperadas de fato,
Mas de um frescor impetuoso primário,
Deixando para trás o destino,
Acreditando no tempo centenário.
Mãos se entrelaçam seguidas,
Olhos voltados para o tenso futuro,
Com esperanças trazidas pelo tempo,
Entrando confiantes no traçado escuro.
Pulando todo obstáculo presente,
Derrubando imponentes qualquer muro,
Passos firmes juntos na mente,
Sabendo da jornada o tormendo duro.
A força do laço garante,
Que o destino que o uniu não intervirá,
Depois do longo tempo para uni-los,
Nada mais os separará.
Ninguém sabe ao certo dizer,
Para onde esse caminho os levará,
Se por um não puder satisfazer,
Um pelo outro até o fim irá.
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