Olhar o luar,Quando ele parece não acabar,Nos faz vibrar,De fúria e raiva gritar,Mas ao desejar,Que os nossos corpos venham a se encontrar,Voltamos a notar,Que isso não vai acabar...O Sol está a nascer,Já não consigo mais esquecer,Rejuvenescer,Aprender a viver e a crescer,A desaparecer,Para tentar entender,O porquê de não se fazer,Aquilo que lhe dá prazer.Começar a rir,Tentando mais uma vez iludir,É muito difícil engolir,O vazio e doloroso partir,E com todo o calor,Causado por essa horrível dor,Quase passa o amor,Nesse incrível vontade incolor.Dois a se amar,Ou um a se amargurar,Já não dá pra segurar,A vontade de te abraçar,O ímpeto de te agarrar,E nos braços a se acalmar,Te fazer gritar,Para contigo o prazer deliciar.Ficar, estremecer,Nos momentos a gemer,Sentindo o espremer,Corpos todos a fazer,Nesse misto de dor e prazer,Fazer cada vez mais o querer,E pedir para não ceder,Vontade de satisfazer.Qual o mal em sentir,E ver o despir,Ouvir o pedir,Irá entrar e sair,No fim do pavor,Tudo o que sobra é o amor,Sumindo com o temor,O luar começa a se recompor.Victor Augusto
quinta-feira, 24 de novembro de 2005
De luar a luar
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