Em uma época de loucos,Onde todos vivem sós,Vive um jovem prantoroso,Que já não possui mais voz.Jovem como a flor vivida,Encantada em seu jardim.Vive triste, com lamentos,Por ter sido feito assim.Quando ainda era semente,Sua vida foi feliz.Crescimento retardio,Bem do jeito que ele quis.Entre a muda e a planta,Conheceu o sentimento.Mas por não tê-lo regado,Hoje entra em seu lamento.Quase estava completa,E vivia a espreitar.Sem alegria da vida,Começava a duvidar...Foi tirado de seu solo,E em outro foi plantado.De sua vida feliz,O passado foi retirado.Aparentemente vivo,Nem deu fruto e não sofreu.Com lembranças na memória,Deste frio passado ateu.Profundou-se em outros solos,A procura de alimento,Pra sarar a dor terrível,De um infeliz sofrimento.Novamente o sentimento,Em um caule ressurgiu.Já na época dos espinhos,Quase estava bem viríl.Por tempo sufocou-o.Em sua seiva resistiu.Novamente ele percebeu,Que estava em solo frio.Enfim estava pronto!Aparentemente são.Para a vida ser completa,Faltava-lhe a emoção...A vida segue lenta,Com a seiva a percorrer.Algo bem interessante,Tinha que acontecer!E o jovem prantoroso,Que se emudeceu de vez,Não viu que o tempo voa...Um segundo na verdade são três!Esperará ancioso,Até que a seiva se encerre.Ou terá o sentimento,Ou deixará que o tempo o carregue.Victor Augusto
domingo, 20 de novembro de 2005
Evolução
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