terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Os Quatro Sentimentos


 

Amizade, carinho, amor e afeição.


São sentimentos que carregam consigo

Uma forte atração.

Amizade nos aproxima;

Carinho nos conforta;

Amor nos preenche;

Afeição nos conquista.

Se somos amigos,

Estamos juntos sempre;

Se somos carinhosos entre nós,

Louvamos o momento de união;

Se nos amamos,

Fazemos de nós o nosso mundo.

E afeição...

A afeição nos faz flutuar...

Nos faz sermos amigos;

Nos faz sermos carinhosos;

E principalmente:

Nos faz amar!

 

 

                                        Victor Augusto

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Admiração

Me diga algo que,
Queira fazer e...
Eu te direi algo que já fez...
Me fale uma frase linda,
E a ela darei teu nome...

Somente você poderia,
Dizer se o que eu sinto,
É a continuação do que,
Você sentiu e...
Do que você sentirá...

Qualquer coincidência,
Das minhas palavras,
Com as suas...
Será o começo,
De alguma coisa...

 Qualquer coisa que...
Você diga de coração,
Também estará escrito,
Em seus olhos...

Sentimento


 

Sentimento frio.

Ancioso talvez.

Com os gritos do suspiro,

Aparece outra vez.

 

Embora a nuvem paire,

Sobre as mentes insanas,

Continue sentimento,

Com suas idéias profanas.

 

Amor arrependido,

Força de expressar.

Que não foi correspondido,

Continua a sonhar.

 

Sua vida continuará,

Com ardor e compaixão.

O sentimento jamais passará,

Mesmo com o fechar do caixão.

 

 

                                                     VIctor Augusto

sábado, 21 de janeiro de 2006

A noite inesquecível

 



     Era um baile em uma cidade distante. Nem me lembro mais o que comemorávamos, mas o que lembro é que havíamos alugado todo o andar de um hotel, o salão de festas, a cozinha e os quartos. À propósito, muitos quartos. Todos com a chave propositalmente pelo lado de dentro do quarto.

     Eu estava sentado perto da grande mesa, no canto do salão, quando a banda começou a tocar uma romântica canção. Foi quando, do outro lado do salão, eu a vi, triste e cabisbaixa mas ao mesmo tempo ansiosa. Era a primeira vez que a via... E já a conhecia a muito tempo.

     Rapidamente me desloquei à cadeira onde ela estava sentada. Olhei no fundo de seus olhos, aqueles lindos olhos castanhos olhando para mim. Estendi a mão com um leve e carinhoso sorriso no rosto. Ela sorriu também, pegou minha mão e fomos para o meio do salão, onde outros casais já dançavam ao som da canção.

     Passei meu braço por trás dela e a colei em meu corpo. Seus braços envolveram meu pescoço e seu rosto repousou em meu ombro. Enquanto dançávamos, senti seu coração bater forte junto ao meu. Ela descolou seu rosto do meu ombro e olhou profundamente em meus olhos, enquanto afastava de leve uma mecha de cabelo que lhe caia no rosto.

     Perguntei como ela se chamava. Ela disse "Viviane", e sua voz de certa forma me pareceu constrangida. Perguntei em seguida, para cortar seu constrangimento, se poderia lhe chamar de "Vivian", e, em meio a risadinhas aparentemente mais constrangida, ela concordou. Eu disse que me chamava Victor. Ela disse que adorava esse nome,  e pediu para me chamar de "Ví", dizendo que poderia ter dois de mim no nome dela.

     Quando a música estava próxima de acabar, ela afastou seu rosto do meu e me olhou novamente com aquele olhar profundo, e tive a impressão de que ela estava analisando minha alma. Paramos de dançar. Nos olhávamos tão fixamente que era como se nada mais existesse ao nosso redor. Me sentia tão ligado a ela que poderia jurar que nossas almas estavam fazendo amor alí mesmo no meio do salão.

     -- Por que nossos nomes não se tornam um só?   -- ela disse , exibindo um lindo sorriso no rosto, assim que a música acabou.

     E então, em meio à palmas que ecoaram ao fim da canção, ela me beijou. Me beijou da forma mais surpreendente possível, mas ao mesmo tempo eu já esperava aquilo, ansiosamente. Me beijou de uma forma louca, porém foi da melhor forma que alguém poderia me beijar. Ficamos alí nos beijando por alguns minutos. Eu passava para ela todo amor que poderia sentir por alguém e podia sentir toda paixão que queimava em sua boca.

     Quando paramos de nos beijar, percebi que todos os olhos estavam voltados para nós. Uma salva de palmas correu pelo salão. A banda ofereceu a próxima canção a nós.

     Enquanto a banda tocava a canção em nossa homenagem, ela apontou com o dedo para o corredor que levava aos quartos. Lógicamente entendi a mensagem, e nos dirigimos ao corredor.

     Todos os quartos que estavam ocupados estavam com placas de "não perturbe" na porta, então não foi muito difícil sabe qual quarto estava vazio. Chegamos à porta de um quarto desocupado e quando coloquei a mão na maçaneta ela a segurou com força, não me deixando abri-la. Em seguida me deu um profundo e carinhoso beijo.

     Assim que ela terminou de me beijar, ia dizer algo a ela mas ela colocou seu dedo na minha boca para evitar. De repente ela abaixou a cabeça e parecia querer dizer algo mas ela falava tão baixo que era impossível entendê-la.

     -- Eu... Eu... Bom, é que... Bom, eu...

     -- Pode falar, não precisa se preocupar. Seja lá o que for, acho que sou maduro o suficiente pra entender. -- eu lhe disse, tentando encorajá-la a falar o que queria logo de uma vez.

     -- É que... Quero que você saiba -- ela se aproximou da minha orelha esquerda -- que eu sou virgem!

     Admito que me surpreendi com a declaração dela. Senti que ela se apertava com força contra meu corpo como se quisesse evitar que eu fugisse, coisa que nem passava pela minha cabeça. A afastei de meu corpo e olhei mais uma vez naqueles olhos castanhos lindos. Dei um leve sorriso e depois um breve beijinho. A abracei com força e falei em seu ouvido:

     -- Não se preocupe. Não irei te decepcionar. Confie em mim.

     Abri a porta do quarto e esperei que ela entrasse primeiro. Queria que ela averiguasse se era seguro entrar. Em meu rosto exibi o mesmo leve sorriso de confiança e esperei por sua decisão.

     -- Só entrarei se for com você! -- ela disse de repente com expressão de decisão difícil no rosto.

     A abracei novamente e a levei para dentro do quarto.

     Aliás, o quarto parecia feito especialmente para nós. Havia uma iluminação vermelha, quase rosa, mas que não clareava exageradamente o local, dando um clima de reservado. A cama era enorme e coberta com um tecido branco que sofria um incrível efeito graças à luz rubra. Estava tudo perfeito.

     Com um movimento rápido a joguei na cama, deitei ao seu lado e a beijei calmamente a boca. Não fiz nenhum movimento brusco até perceber que poderia. E a mão dela percorrendo meu corpo foi o sinal. Conduzi minha mão pelo seu corpo lentamente, e de leve fui lhe tirando a jaqueta que usava. Abaixei a manga de seu vestido e pude ver seu sutiã. Ia beijando sua boca e descendo pelo pescoço enquanto tirava seu vestido. Fui o mais lento possível e sempre que me parecia estar indo rápido eu parava para que ela me desse permissão para continuar.

     Comecei a sentir, por seus sons e seu fulgor, que ela já estava achando aquilo um pouco lento demais. Portanto, continuei baixando seu vestido, agora um pouco mais rápido. Quando cheguei abaixo de seus seios ela começou a tirar minha camisa. Ao terminar, ela começou a arranhar de leve meu peito e a me pressionar com força contra seu corpo. Isso me deixou realmente excitado e me pareceu que ela já havia tomado sua decisão. Mas eu precisava de uma certeza.

     -- Você tem certeza de que é isso que você quer? -- perguntei, já ofegante.

     -- Você realmente se importa com isso? -- ela me perguntou, com um ar ansioso e curioso, quase assustado.

     -- É óbvio que me importo porque... Porque... -- peguei em sua mão e olhei em seus olhos.

     -- Viviane... Eu... Eu te amo!

     Não sei porque disse aquilo. Não seria lógico amá-la. Eu a tinha conhecido a poucas horas, não poderia amá-la. Era óbvio que ela ia achar que isso era papo-furado, minha consciência pensava. Mas de certa forma eu sabia que era isso que eu estava sentindo naquele minuto. Eu a conhecia, sabia que ela iria acreditar, só não sabia explicar.

     E a frase mecheu mesmo com ela. Mas de forma positiva. Ela começou a me abraçar e me apertar ainda mais contra seu corpo como se estivesse me revendo após muito tempo longe. E então começou a me agarrar, me acariciar e me beijar... Ela sabia que a frase era verdadeira.

     Coloquei a mão na alça de seu sutiã e a afastei suavemente. O retirei totalmente e vi seus seios durinhos, macios e aconchegantes. Pude perceber que não se tratava de uma simples garota mas sim de uma mulher, uma perfeita mulher. Uma mulher perfeita!

     Continuei descendo com minhas mãos e com meus beijos, retirando-lhe ainda mais seu vestido e sentindo seu desejo. Ela começou a se contorcer e a respirar cada vez mais profundamente. Seus olhos fechados e apertados mostravam o quão bons estavam meus carinhos. Finalmente lhe retirei todo o vestido e pude vê-la completamente nua.

     Olhei em seu rosto após me aproximar novamente de seu corpo e percebi que, apesar de sua timidez adolescente, ela estava feliz. Beijei novamente sua deliciosa boca, como nunca havia beijado ninguém, com paixão e ternura, e disse de forma sincera.

     -- Não se preocupe. Não irei te decepcionar. Serei carinhoso e paciente. Vai ser perfeito.

     Tirei toda minha roupa e enquanto beijava sua barriga toquei levemente sua partes íntimas, nunca antes tocada e pura. Beijava seu corpo e sua boca e acariciava sua parte íntima, sempre me preocupando com as sensações que ela sentia. Me preocupei em manter certa distância entre meu corpo propriamente dito e o dela para não parecer afobado ou impaciente e esperei encontrar uma área em sua pequenina parte íntima que a fizesse sentir um prazer em especial.

     Até que toquei em determinada parte e ouvi de sua boca um grande suspiro e um forte gemido. Sabia que alí existia meu pote de ouro. Comecei a estimular aquela pequena parte cada vez mais e só então me aproximei inteiramente dela. Quando nossos corpos se colaram, ela envolveu em seus braços e me jogou em cima dela. Aproximei então minha parte íntima da dela cada vez mais, e mais, e mais...

     Então ela deu um forte suspiro e um forte gemido. E outro. E outro. Finalmente éramos um só.

     Deitei sobre o corpo dela e ela colou seu corpo no meu de tal forma que seria difícil para alguém dizer quem era quem alí. A beijei e minha curiosidade quis perguntar a ela o que ela estava sentindo, mas suas expressões faciais e seus gemidos já eram resposta suficiente.

     Fui me movimentando de leve, aumentando a velocidade gradualmente. Por um momento me pareceu que ela não estava sentindo mais nada, devido ao certo silêncio que ela fez. De repente:

     -- ... Vai... -- ouvi o tímido som sair de sua boca.

     Eu sabia o que fazer e onde tocar então cada vez mais eu aumentava a velocidade de meus movimentos e ela cada vez mais alto gritava:

     -- ...Vai... Vai!... VAI!...

     Percebi que aquele não era o momento para ir até o final, então toquei levemente o seu rosto e com um leve porém rápido movimento a coloquei de costas para mim. Naquele momento senti que todos os medos que ela poderia estar sentindo haviam passado. Ela era como um colchão e eu era seu cobertor.

     Eu a abracei. Ela me abraçou. Éramos duas peças que se encaixavam perfeitamente e que nunca deveriam ser separadas.

     Era verdade. Um verdadeiro e primeiro amor estava sendo consumado. Mas não terminado. Precisava ser perfeito. E para isso não deveria terminar alí daquela forma. Deveríamos nos unir totalmente, mais do que já estávamos.

     Então coloquei seu lindo corpo sobre o meu, sentados, e a abracei forte. Cruzamos ambos as pernas por trás do outro e ficamos muito abraçados. E não poderiamos ter feito melhor. Estávamos tão juntos que eu podia sentir seu coração bater dentro do meu.

     Com um grande e forte gemido de ambas as partes, o amor foi consumado. Tudo de humano que havia em nós se tornava divino. Nosso amor, nossas vozes, nossos corpos... Nossas almas eram uma só. Nossos espíritos brilhavam como estrelas e aquele brilho durará eternamente.

     Finalmente chegávamos ao ápice de nosso amor e prazer. Estávamos cansados, mas aquele era o melhor cansaço que alguém poderia sentir. Nos deitamos na cama e mesmo tendo terminado nosso ato de amor, continuamos juntos como antes.

     Nos beijávamos. Nos amávamos. Era um puro e sincero amor, que fluia e preenchia aquele quarto e podia ser sentido em todo o ar.

     Realmente foi tudo perfeito, e se tornou mais que perfeito quando ela olhou em meus olhos, se aconchegou ainda mais em meu peito e disse com uma voz baixa e cansada, porém humilde e satisfeita, aquela frase que inspira os melhores sentimentos humanos... E divinos:

     -- Eu te amo... Victor...

     Eu era o ser humano mais realizado de todo o universo. Tinha sido abençoado por Deus por tê-la conhecido.

     E então adormecemos. Éramos um só... Fomos um só... Somos e seremos um só, sempre. Talvez tivéssemos sido um só por poucas horas. Talvez aquele curto instante para muitos não passaria de mais uma noite qualquer. E talvez fosse mesmo.

     Mas para nós não. Para nós foi muito mais que algumas horas, foi muito mais que uma noite. Foi o dia de nosso nascimento. Foram todos os dias de nossas vidas. Foi o último dia de nossa velha existência. Foi a noite inesquecível.

     O que para muitos poderia ser considerado um breve momento, para nós levou a eternidade. Foi como um milhão de anos em um só segundo. Se realmente existe um sexto sentido, nós haviamos alcançado-o.

     Mas por que nos encontramos somente naquela noite? Por que não havíamos nos encontrado antes? Como e por que tudo isso aconteceu? E como foi que padecemos? Bom, essa é uma outra história que somente o tempo e principalmente o amor serão capazes de contar.

 

 

                                           Victor Augusto

 

    

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Semelhanças


 


O amor é como as nuvens,

Que nunca se repetem, apenas se modificam;

O amor é como o veneno,

Que corrói por dentro e mata lentamente;

O amor é como o coração,

Que sempre está junto e é essencial para nossa sobrevivência;

O amor é como o vento,

Que viaja grandes distâncias mas sempre volta ao nosso encontro;

O amor é como a noite,

Que geralmente entristesse os leigos mas aos sábios traz inspiração;

O amor é como o último suspiro,

Que é delicioso e esperançoso, mas ao mesmo tempo nos encaminha ao fim.

 

 

                                             Victor Augusto

 

 

 

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Ciclo

 



     Relacionamento, traição e morte. Tormento e maldição que acompanha cada ser humano que vive nesse mundo. Pode ser no início, quando o trauma é reversível. Pode ser no meio da existência, quando a pressão da vida confunde a mente até o desfecho. Ou pode representar o triste fim de um ser que na Terra viveu o seu inferno.

     Alguns fogem desse destino, procurando refúgio em seu prórpio interior. Outros, como eu, procuram incessantemente por esse futuro, achando que assim irá curar toda a dor de sua alma.

     Procurei por muito tempo esse destino. Como eu gostaria de começar esse ciclo de sentimentos que se desfecha na morte. Como eu queria me ver envolvido em um jogo de amor e tração. Mas nunca pude nem ao menos sonhar com esse início do fim.

     Eu nunca o encontrei. Vivi uma vida fria como o vento gélido da morte, que sopra triste e fraco pela noite. Tenho estado isolado e pensativo desde que notei o quanto é vazio o meu interior.

     Apesar disso, jamais desistirei. Sempre procurarei insistentemente pelo início real de minha vida, quando serei realmente feliz até que o destino se complete, finalizando a minha curta vida na inevitável e esperada morte.

 

 

                                            Victor Augusto

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Indecisão

 


O vento empurra as folhas,

Dando-lhes direção.

Mas não tem força suficiente,

Para mudar minha indecisão.

 

Continuo sem sentido.

Minha sabedoria não é o bastante.

Existe uma barreira em meu pensamento,

Que não me permite ir adiante.

 

Como posso vencer o desafio,

Se o inimigo está dentro de mim?

Mas alguma forma tem que ter,

Não posso continuar vivendo assim.

 

O meu desejo é fugir,

De tudo que hoje me aflinge.

Porém, estando dentro de mim,

De uma forma ou de outra sempre me atinge.

 

A única chance é a rendição.

À minha alma pedirei perdão.

Com profunda dor no coração,

Continuarei nessa eterna indecisão.

 

 

                                                  Victor Augusto

Viagem

 


Arranco meus pés da lama,

As raízer vão caindo ao chão,

O desespero me preenche por completo,

E o medo faz parar meu coração.

 

Ergo meus olhos às nuvens.

O pensamento flutua pelo céu.

Lanço o pote contra o chão,

Deixando derramar o doce mel.

 

Agora ao sabor das dores,

Me parece perdido como a esfera,

Desse mirabolante universo,

Que à sombra da morte espera.

 

O monstro de terror e medo,

Faz de tudo para me deter.

Mas com a espada da coragem,

Facilmente irei vencer.

 

Meu foco agora é o presente.

Nada mais contém minha vitória.

A minha esperança é o futuro,

Alcançarei certamente minha glória.

 

Fixarei finalmente minha raíz.

Meus pés estarão sobre o solo.

A minha meta enfim tem chegada,

Repouso calmo, em divino colo.

 

 

                                                 Victor Augusto

 

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

A lágrima

 


A lágrima teima em rolar,

Quando pela primeira vez,

Pude ouvir a bênção

De você dizer o meu nome...

 

Uma lágrima quiz molhar,

O rosto que você toca,

E esse toque me fez chorar

Por todo o corpo...

 

Aquela lágrima doce e feliz,

Que queria surgir em meus olhos,

Quando para minha alegria

Você segurou a minha mão...

 

Uma lágrima de açucar,

De total realização,

Tornou a rolar quando você

Me abençoou com seu beijo de mel...

 

Minhas lágrimas inundaram,

A minha face triste,

Quando infelizmente percebi

Que acabava de acordar.

 

 

                                               Victor Augusto

Perdido em uma folha de papel

 


Minha pouca sabedoria

Me leva a pensar,

Que ao cair da noite

A vida há de acabar.

Já estou só novamente,

E estarei eternamente,

Até a inspiração terminar.

 

Pois você sim é o culpado,

De todo o meu sofrimento.

Olho para sua leve face,

Branca e sem movimento,

E começo a escrever,

E o papel a entender,

Que tudo isso não tem cabimento!

 

Sofrimento tolo e frio.

Destroindo a vida.

Entregue a uma folha de papel,

Toda minha tristeza perdida.

Digo então apenas isso,

Posso sofrer, mas jamais desisto,

Até o dia de minha partida.

 

 

                                                Victor Augusto

Tesouro


 


     Onde se esconde, oh bela? Nas mais profeundas cavernas como tesouro? Não! É o mais belo tesouro. Será necessário para mim um bom mapa? Não, espere... está diante de mim!

     Encontrei! Finalmente encontrei o meu tesouro! E olhem como ela é linda! Espere... Eu a conheço! Vulgarmente chamada de pérola ou conhecida como jóia. Está errado! O nome correto e que lhe faz justiça: a mais bela preciosidade de todos os tempos!

     Olhem sua superfície. Brilhante, bela e destacante. E suas belas e perfeitas formas, esculpidas pela nobre natureza que a tudo encanta. É perfeita, e talvez possa ser mais. Ou melhor: ela pode ser o que desejar!

     Agora um porém: será que ela é realmente minha? Talvez eu esteja sendo egoísta com a vida. Uma beleza destas não pode ter dono. Bom... Tudo bem! Mas ela ficará comigo, para que sejamos um só. Cuidarei dela e ela cuidará de mim. E será a feliz sina de meu tesouro até o fim.

 

 

                                                 Victor Augusto 

 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Como ela é linda

Como ela é linda!
Ela é linda, linda, linda...
Linda como a visão do acordar,
Ao sentir em seu peito o ar,
Que jamais irá respirar. 

Como ela é bela!
Ela é bela, bela, bela..
Bela como o raio de luz,
Que ao fim da vida conduz,
Cujo destino ei de esperar. 

Como ela é linda!
Ela é linda, linda, linda...
Linda como um dia claro,
Em um jardim bem raro,
Escondido em um olhar. 

Como ela é bela!
Ela é bela, bela, bela...
Bela como a voz da dor,
Que por fora demonstra o amor,
Porém por dentro faz chorar. 

Como ela é linda!
Ela é realmente linda!
Linda como o sonho feliz,
Bem da forma que se quiz,
Que não passa de um sonho. 

Como ela é bela!
Ela é incrivelmente bela!
Bela como o Sol a falecer no horizonte,
À minha inspiração serve de fonte,
Nos maravilhando de luz sem fim.

Como ela é linda!
Ela é maravilhosamente linda!
Linda como a noite serena,
Caindo ao ombro como leve pena,
Com a beleza do céu e da mente.

 Como ela é bela!
Ela é particularmente bela!
Bela como a escuridão que descansa,
Dando a completa esperança,
De que amanhã a verá novamente. 

Como ela é linda!
Ela é, e sempre será linda!
Linda como a vida,
Abençoando, evitando a partida,
Mostrando assim mais razão para viver.

Poetas e poetas

 


O Poeta incansável,

Que de Sol sonha,

A respeito de seu Sol,

O qual no papel expressa

De sua alma a mais profunda,

A pior, a dor de sua vida,

Entre o desespero do corte no espírito.

 

O Poeta incansável,

Que à luz do luar descansa,

Já temeu o pior,

Mas com a morte convive.

Como o ar para viver,

Sua inspiração a morte é,

Ao pé de sua cama dorme.

 

O poeta incansável,

Que da posse do capítulo,

De tudo pois pudera.

Mas ninguém, não foi,

Nada mais lhe arremetera

O mais nobre? Foi!!!

 

O poeta incansável,

Que a luz do astro esconde;

A lhe escorrer as lágrimas,

Assim como o suor, lavam.

Quentes, nervosas e existentes,

Simplesmente à face molhar.

À Deus, adeus implorar!

 

O Poeta incansável,

Que de amor vive... E morre!

A morte segue na lida,

Vivendo triste a vida.

Raciocina junto aos sábios,

E como loucos age.

Como as melhores bênçãos!

 

O Poeta incansável,

Que após a morte vive!

Sua origem não há,

Na terra do fogo transcendente,

A sua meia parte porém

Ainda respira o teu ar,

Mantendo-se alerta e jovem.

 

 

                                             Victor Augusto