quinta-feira, 7 de setembro de 2006

De Luar a Luar

 



Olhar o luar,

Quando ele parece não acabar,

Nos faz vibrar,

De fúria e raiva gritar,

Mas ao desejar,

Que os nossos corpos venham a se encontrar,

Voltamos a notar,

Que isso não vai acabar...

 

O Sol está a nascer,

Já não consigo mais esquecer,

Rejuvenescer,

Aprender a viver e a crescer,

A desaparecer,

Para tentar entender,

O porquê de não se fazer,

Aquilo que lhe dá prazer.

 

Começar a rir,

Tentando mais uma vez iludir,

É muito difícil engolir,

O vazio e doloroso partir,

E com todo o calor,

Causado por essa horrível dor,

Quase passa o amor,

Nesse incrível vontade incolor.

 

Dois a se amar,

Ou um a se amargurar,

Já não dá pra segurar,

A vontade de te abraçar,

O ímpeto de te agarrar,

E nos braços a se acalmar,

Te fazer gritar,

Para contigo  o prazer deliciar.

 

Ficar, estremecer,

Nos momentos a gemer,

Sentindo o espremer,

Corpos todos a fazer,

Nesse misto de dor e prazer,

Fazer cada vez mais o querer,

E pedir para não ceder,

Vontade de satisfazer.

 

Qual o mal em sentir,

E ver o despir,

Ouvir o pedir,

Irá entrar e sair,

No fim do pavor,

Tudo o que sobra é o amor,

Sumindo com o temor,

O luar começa a se recompor.

 

 

                                            Victor Augusto

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