terça-feira, 3 de outubro de 2006

Olhos

 


Meus olhos se fecham.

Não quero pensar,

Em meu próprio susto.

Minha face é forçada

A novamente enxergar.

 

Estou cego de amor.

Esse amor de vida.

E o que é pior:

Que me tortura de dor,

Deixa a mente abatida.

 

Esses olhos que se fecham,

São os mesmos que desfocam,

Fazendo uma lágrima rolar,

Vermelha... Vermelhos a chorar...

Incontável o tempo que chora...

 

São sempre os olhos,

Os culpados pelo sofrimento.

Talvez se escute a verdade,

Mas por sermos tão falhos,

Nos obrigamos a ver os momentos...

 

Os olhos não contenho,

Quando não quero ver.

O que ví me faz sofrer,

Mas é tudo que tenho.

Mesmo sofrendo não quero perder.

 

Os olhos não se enganam,

Quando eles vêem.

Tudo o que desejo ver,

São aqueles olhos que amam,

E os sentimentos que os têm.

 

 

                                         Victor Augusto

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