sexta-feira, 22 de junho de 2012

Entre o coração e a mente

Como é difícil entender a razão,
De se esconder no fundo do coração,
Dores e sentimentos que estão,
Tão próximos da erupção.
Tratar a si mesmo com traição,
Deixando de lado a compreensão,
Provoca frieza em compensação,
Encapsulando toda a frustração.

Busca no longinquo destino a vida,
Pode ser de fato a única saída,
Adiando aquela paixão querida,
E trazendo de volta esperança perdida.
Mesmo sabendo que é chegada a partida,
Muito se sabe com o que se lida,
Entre os amores que o tempo convida,
Passam nas horas a mágoa sofrida.

Duvidosos pensamentos enfrentam meu ser,
Pouco se conhece do que poderá ver,
Ou onde irá parar se não compreender,
Que o destino é previlégio dos que tem nele o saber.
Então pergunto o que há de acontecer,
Se minhas decisão não encontram parecer,
Nem amizades que possam conceber?
A solidão recebida irá prevalecer.

Já foi-se o tempo onde estudar era preciso,
E deseja-se incessante encontrar o paraíso,
O mais alto pilar que viso,
É o final do caminho por onde eu piso.
Conversas e histórias dadas ao improviso,
Escorregadias mentiras feitas de terreno liso.
As verdades das tarde esquecidas no juízo,
Serão verdades faladas que provocam o riso.

Se amar é a vontade maior desejada,
Que se não seja a pessoa apedrejada,
O pecador de alma amaldiçoada,
Que veja a verdade ser escancarada.
Não imaginei ter minha vida cercada,
Por paixões impulsivas da noite ondulada,
Pelos sentimentos da hora passada,
Me segurem para eu não me jogar da sacada.

Mas amar é uma benção que irei desfrutar,
No dia em que ao seu lado eu ficar,
Levei toda uma vida a te esperar,
Já não dá mais para sem você eu me imaginar.
Sabe a verdade do que se chama amar?
É o desejo de que mesmo sem se tocar,
Algum bem pelo ser amado possa se realizar,
E mesmo ele morto poderá se lembrar!

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